JORNAL LUMMUS

LIECHTENSTEIN, 30 de maio de 2017

Programa de Intercâmbio: tudo o que você precisa saber
Diretora de Durmstrang classifica a experiência como "necessária".
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Todos os anos, milhões de jovens deslocam-se de suas casas para diferentes locais do mundo a fim de dar início a mais um ano escolar em suas vidas. Alguns jovens submetem-se a longas viagens e precisam passar todo o ano longe de suas casas, outros, porém, têm a facilidade de estarem extremamente próximos de suas escolas e possuírem o privilégio de residirem em países que comportam seu próprio instituto de magia para adolescentes; este é o caso de britânicos, franceses e russos. Embora existam diversas escolas de magia dispersas pelo globo (a maioria delas de localização desconhecida e/ou confidencial), as três instituições que mais recebem alunos e estão à frente nos conhecimentos passados a esses são as de nacionalidade já citada: Hogwarts na Grã-Bretanha, Beauxbatons na França e Durmstrang na Rússia (o paradeiro exato continua sendo um mistério para aqueles que não são estudantes ou funcionários da escola).

Diante da honra de possuírem em suas mãos a diretoria das maiores empresas acadêmicas que o Mundo Mágico já viu, os três diretores das instituições europeias (Kalet Casiraghi, de Hogwarts; Noëlla Zita Gerhard, de Beauxbatons; Anne Beatrice Mountbatten, de Durmstrang) se reuniram e decidiram compartilhar os costumes de suas escolas com os discentes das demais. Tal encontro pode, é claro, ter sido facilitado pelo fato dos três bruxos serem amigos de infância e terem em comum o sangue real correndo em suas veias. Hogwarts, Beauxbatons e Durmstrang já são velhas conhecidas das edições passadas do Torneio Tribruxo (competição onde três jovens bruxos, um de cada escola, disputam a glória de eternizar seu nome na história do Mundo Mágico), mas pela primeira vez os alunos teriam a oportunidade de vivenciar diferentes rotinas, diferente daquelas a quais eram submetidos em suas escolas, e até mesmo ser designado às separações de cada instituição: irem para uma das quatro casas dos fundadores em Hogwarts, serem abençoados por uma três deusas matronas de Beauxbatons ou conhecerem a qual das duas dinastias russas pertenceriam em Durmstrang.

O Intercâmbio, como viria a ser chamado pelos organizadores e também pelos participantes, chamou a atenção de todos os alunos e arrecadou recordes de inscrições assim que foi anunciado. Os estudantes de Hogwarts e Durmstrang não demoraram a preencher suas fichas que demonstravam interesse na primeira escola a ser visitada pelos estrangeiros: Beauxbatons. Ingleses, russos e muitos outros adolescentes de nacionalidades diversas, todos acima dos treze anos (idade limite para fazer parte do Intercâmbio), se deslocaram da mesma forma que os alunos franceses faziam todos os anos: cartas que se transformavam em chaves de portal e carruagens carregadas por cavalos alados que logo levantavam voo e só aterrissavam na escola. Momentos mais tarde os novos alunos estavam selecionados entre as três mansões (Mélusine, Brigit e Morrigan) e uma festa foi organizada para recebê-los a moda da casa.

A diretora da primeira escola a sediar os intercambistas, uma bela jovem de origem belga, conta que a experiência foi “revigorante”, mas para a infelicidade do corpo docente de Beauxbatons (pelo menos aqueles que estavam felizes com o programa de Intercâmbio), dez semanas depois os estrangeiros deram adeus às instalações na França, sendo a Rússia o próximo rumo dos que se aventurariam no programa. Procurada por nossa equipe, Anne Beatrice Mountbatten (atual diretora de Durmstrang) disse: “Creio que é um ganho e tanto para o estudante, em muitos sentidos. Uma forma de abrir os horizontes, obter novos conhecimentos e crescer como indivíduo, o que pode ajudá-los até mesmo a, quando chegar a hora, encarar a vida adulta. Porque, querendo ou não, um ambiente escolar como o de Beauxbatons, Durmstrang ou Hogwarts, onde não só estudamos como vivemos por anos de nossas vidas, nos molda de uma maneira que parece tornar o mundo... aquilo. Aquelas pessoas, aquela rotina, aqueles ambientes. Então vem a formatura e... Alguns realmente se assustam com a diversidade. Com o intercâmbio, os alunos tem uma oportunidade natural que eu e a senhorita DuJour, por exemplo, não tivemos, que é enfrentar rotinas, ambientes e pessoas diferentes das com as quais estamos habituados e lidar com conceitos e preconceitos diferentes.”

E o programa encerrou suas atividades em Hogwarts, onde os participantes puderam ter a honra de experimentar o famoso Chapéu Seletor e viverem mais dez semanas em uma das quatro casas da escola. O diretor de Hogwarts, herdeiro do trono de Mônaco, não foi encontrado pela nossa equipe (embora alguns elfos da cozinha tenham relatado que o Sr. Casiraghi foi visto correndo em fuga de nossos repórteres, mas nada confirmado até agora), por isso decidimos trazer o relato de um dos alunos que viveu alguns meses no castelo britânico. Shackladhach Fearaton (nome fictício), aluno originário de Durmstrang, relatou que a experiência foi “Devastadora! Calma, meu nome será revelado? Vai ter fotos? Se for, ângulo direito, por favor, é o meu melhor. Ah, sim, as semanas, foram terríveis, tivemos que dormir uns dias na floresta proibida, o que faz eu me perguntar se o nome é só uma invenção ou os docentes são loucos mesmo. Mas, a experiência do intercâmbio é sempre válida, fiz bons amigos.”

Por fim, encerrou-se em Hogwarts não só o Intercâmbio, mas o campeonato de quadribol entre as escolas europeias que participaram no programa. Organizado pelo Departamento de Esportes, do Ministério da Magia sediado em Vaduz, o Intercolegial (como foi chamado o campeonato) se iniciou em Beauxbatons e se findou na escola britânica, tendo Durmstrang se saído melhor no placar de pontos corridos. A chefe do Departamento de Esportes, Alexia Neveu, pronunciou-se sobre o evento esportivo: “Na verdade, não foi muito uma questão do Departamento em si [Alexia sobre a organização]. Eu realmente queria dar a oportunidade de um grupo de jovens experimentar um evento como este. No início nem tínhamos verba suficiente para arrumar as coisas.” A ex-aluna de Beauxbatons ainda conta como foram utilizando os fundos que possuíam e no fim o Ministério resolveu ajudar. Problemas de administração interna? Fica para o próximo caderno.

Numa última análise, concluímos que a experiência dos alunos das três escolas se tornou algo inesquecível em suas vidas. Seja pelo fato de terem vivenciado momentos nunca antes imaginados, seja pelo fato de conhecerem pessoas tão diferentes que não se esqueceriam tão cedo, todos pareceram sair satisfeitos com suas experiências do programa de Intercâmbio. A equipe do Lummus, que também acompanhou de perto esses eventos que abalaram a comunidade jovem do Mundo Mágico, também se sentiu muito realizada em participar de algo assim e recomenda que os alunos não recusem oportunidades como essa caso tenham a oportunidade no futuro.

Escrito por: Donna DuJour.

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08/02/2017 às 17:56:57

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