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5º ANO TvH: UMA LUZ, POR FAVOR!

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por Lara Lynch » 01/07/2016 às 04:53:25
Título: 5º ANO TvH: UMA LUZ, POR FAVOR!
Lara Lynch
 

{ UMA LUZ, POR FAVOR! }


Após o longo período de 01 ano afastada das atividades mágicas (oficialmente) em virtude das restrições impostas pelos meus pais, que me tiraram tanto de Hogwarts quanto do estágio no TvH por acreditarem que a vida bruxa seria muito perigosa (e eu não tiraria a razão deles nesse ponto), estava de volta ao hospital, mas agora na condição de residente em medibruxaria. Auxiliando enfermeiros e medibruxos nos dias vagos da escola, complementando minha carga horária escolar com conhecimentos práticos e a vivência de um lugar conhecido por ser referência em tratamentos medicinais mágicos, ao invés de ficar aprendendo conceitos, teorias e etc. em sala de aula – o que poderia até ser bom, mas eu precisava de um pouco mais de movimento. =D

Por uma grande coincidência do destino, na nova organização e distribuição de tarefas do hospital, eu estava auxiliando Lidell Revolverheld, uma corvina que havia sido minha veterana em Hogwarts, agora já formada e que ali atuava como enfermeira. - Sim! Adoro salgadinhos. Mas cerveja amanteigada pode no horário de expediente? - Questionei a jovem, assim que ela sugeriu que estudássemos sobre curativos para furúnculos enquanto comíamos e bebíamos, já que o hospital estava uma monotonia só. - “Ainda bem, diga-se de passagem. Isso significa que por hora ainda não aconteceu alguma tragédia de invasão em algum lugar do mundo mágico, originando combate e uma enormidade de feridos.” - No entanto, não houve sequer tempo para que a bruxa me respondesse, pois no instante a mesma foi convocada a comparecer na recepção da enfermaria para pegar o prontuário e seguir para sala de parto.

A loira olhou para mim, erguendo-se imediatamente, enquanto eu ainda refletia sobre o lanchinho da tarde. - Lara?! - Ouvi meu nome sendo proferido por Lidell, que me fitava com um olhar curioso, erguendo as sobrancelhas. - Ah, é! - Levantei-me, recordando que minha atribuição nesta semana era acompanhar e auxiliar a loira em suas atividades. Sendo assim, seguimos para o local indicado, com a mulher me contando sobre as políticas usuais para parto do hospital. - Os enfermeiros?... OI?! EU?! - Exclamei no meio do corredor, parando meu caminhar com a mão no peito, à medida que ia processando as palavras da bruxa. - “Não é possível que ela esteja falando sério. Ela está querendo me matar do coração. Euzinha fazendo um parto. Só terá ela comigo? Não terá um medibruxo? Nem o chefe do setor? Nem o diretor do TvH? Como assim?! E se essa criança escorregar feito um sabonete da minha mão?” - E, então, reparei que as pessoas ao redor me encaravam estranhamente. - Não foi nada gente. Acalmem-se. Está tudo bem. - Fui falando para as pessoas, apertando o passo para sair daquele lugar o quanto antes.

Tentava segurar meus ânimos para que ninguém mais viesse a me olhar torto ou questionar o que estivesse acontecendo. Eu estava num verdadeiro estado de choque. Precisava me apoiar em algum lugar. Ainda não podia fazer um parto. Era uma residente. Eu auxiliava os medibruxos e enfermeiros nas coisas, aprendendo, mas não fazendo de fato. E se eu viesse a cometer algum engano? E se a criança tivesse alguma complicação? E se a mãe tivesse comido muito repolho antes de entrar em trabalho de parto e na força que fizesse para expelir a criança soltasse um pum na minha cara? Oh, vida cruel! - “Porque mesmo eu decidi que seria medibruxa quando crescesse mesmo?” - Indagava-me com remorso da escolha que me expunha aquela aterrorizadora situação.

- E ai?! O que diz o prontuário?! Pré-maturo? Criança sentada? Cordão umbilical enrolado no pescoço? Mãe com mal de Parkinson? - Falava meia dúzia de besteiras, tentando me preparar para o que estaria porvir. Lidell, por sua vez, estava mais calma que uma freira siberiana da ordem de Jó (se é que isso pudesse existir). Ela lamentava pela ausência da enfermeira Karleen, que era requisitada pela gestante aos berros, ao passo que sugeria que eu faria o parto normal sob sua supervisão e auxílio. - “Não... Não está tudo bem... Eu quero a minha mãe!!!” - Segurava meus prantos interiores, sacudindo a cabeça afirmativamente ao mesmo tempo, buscando não parecer tão apavorada e insegura quanto estava realmente.

Meu terror chegou a um estágio que observava apenas os lábios da enfermeira Revolverheld se mexendo lentamente, pronunciando coisas incompreensíveis para meu raciocino momentâneo, o que me deixava ainda mais nervosa e – ao mesmo tempo – forçava-me muito mais para parecer estar no controle de mim. - “Oh, Deus! Faça isso acabar logo...” - Orei, reparando que a loira repetia as mesmas instruções novamente, enquanto fazíamos a higienização de nossas mãos e adentrávamos à sala da gestante. - Olá! - Cumprimentei os presentes, porém fui atropelada por um berro agonizante que clamava para que tirássemos o bebê de dentro dela. - “E agora? O que é que eu faço? O que é que eu faço?” - Suplicava ao meu cérebro uma reação coerente e certeira para aquele contexto, ao passo que a única resposta evidente era a inércia que me havia tomado diante da porta.

Para minha sorte, a pessoa mais paciente de todo hospital, enfrentava os gritos de uma gestante enfurecida com a mesma paz de uma guru budista no silêncio de sua meditação no pátio de um templo nas montanhas do Tibet em uma tarde refrescante de outono. - “Bendito seja o Senhor para colocar esta alma tranquila do meu lado neste instante de desconsolo.” - Prosseguia com minhas preces, como se a mãe que fosse dar a luz fosse eu e não a Dra. Dragnea, que já estava na cadeira de parto, com as pernas abertas e com as roupas apropriadas. - “Nossa! Essa posição é tão... Err... Estranha.” - Pensei, logo sendo interrompida por um grito agudo da mulher por mais uma das contrações sentidas pela mesma. - Ok! Vamos lá! Está tudo bem. A senhora sabe como é isso. Mais que eu, inclusive. Vai doer, mas vai passar. De um jeito ou de outro. O bebê e/ou a dor. - Ganhei movimento, aproximando-me da doutora e segurando sua mão em conforto.

- AAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHH!!! - A dor devia ter sido lancinante. Tamanha a força que ela fez ao segurar a minha mão, esmigalhando meus dedos e me arrancando lágrimas dos olhos e uma careta contida de repreensão dos estímulos de berrar com ela em coro. - Segura a mão da sua mulher, filho. - Articulei, escapando das garras da medibruxa-mãe e colocando seu marido, ou coisa do tipo para dar-lhe suporte. - “Quem sabe com mais uns apertões desses ele não acorde. Que cara apático. Ui! Ui! Ui!” - Refleti com meus botões, sacodindo todo braço que havia emprestado em apoio à gestante, com o intuito de recuperar a sensibilidade nos dedo, e indo ao encontro de Lidell, que me instruía para os próximos passos.

- ‘Tá bom! Entendi... - “Eu acho...” - Confirmava para enfermeira, tomado seu lugar de frente para... Bom, vocês sabem o que. Isso é um parto! Enfim, seguindo as orientações de Lidell, fui retirando a criança – aos trancos e barrancos, a base de ordens para que a doutora empurrasse o bebê, enquanto eu o puxava. Suando frio, cortei o cordão umbilical e enrolei a pequenina no colo. - Nasceu! É uma menina! Uhuul!!! - Festejei, quase erguendo o embrulho que tinha em minhas mãos, involuntariamente. Contudo, algo mais forte dentro de mim impediu-me de continuar com o ato e apenas caminhar até os pais da criança e entregar à mãe a jovenzinha. - Olha que linda, mamãe! Eu que pari. Não de por para fora, mas de tirar de dentro. - Falava orgulhosa de mim mesma sobre aquilo que havia acabado de fazer e que todos haviam sido testemunhas, ostentando um sorriso de orelha a orelha.

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