"-Ele não vai se lembrar de mim, vai?" - Sussurrei ao pé do ouvido de minha mãe, a qual segurava um bebê delicado entre seu ventre. Era estranho pensar como Petter, um ser tão inocente iria crescer e descobrir o quão injusto e indefinido o mundo é. Da mesma forma a qual ele viera parar ali, fruto de uma adoção de sucesso numa maternidade especializada em Clamart, na França. Pouco tempo depois descobri a real localização de onde se encontrava meu verdadeiro pai, geneticamente falando e não procurei saber em livros, em catálogos e nem muito menos perguntei a minha mãe. Ele viera até mim e bastou uma discussão para saber o porque de sua ausência paterna durante todos esse anos. Enfim, nunca tive um pai e para ser sincero nunca me fez a real falta da figura paterna. Meses depois da chegada do bebê decidi sair de casa devido a volta inesperada de meu pai ao nosso lar. Seria impossível conviver. Foi aí que resolvi atribuir meu tempo ao talento estranho e exótico de minha família. Sempre me senti abortado por não ser aceito em nenhuma instituição bruxa e naquele exato momento eu escolhi a alternativa de: Correr atrás e aprender magia e feitiçaria com alguém que realmente gostasse de lecionar.


"-Espero que esteja aqui a tempo, Senhor Vidal. Eu e Hector esperamos sua estadia esta noite em Beauxbattons e o acompanharemos amanhã de manhã até o Ministério da Magia. Abraços de Ísis Simaika."

Três anos Antes...

"-Não deve apontar a varinha para alguém se não sabe que tipo de feitiço será usado Capitão Vidal." - O velho me chamava assim pois aos dezenove anos fui convocado a participar das forças militares Francesas, mas não cheguei ao ponto exato de participar de uma guerra trouxa. O senhor ainda continuava a direcionar a ponta aguda de sua varinha em direção ao meu rosto. Obviamente se quisesse me azarar teria feito isso há muito tempo e sabia também que meu professor 'particular' não deixaria com que meus ensinamentos sobre defesa mágica fossem jogados ao lixo. "-Expelliarmus".

"-Boa noite senhora Ísis, eu disse que chegaria." Com um aperto de mãos selamos um cumprimento formal e fui apresentado diretamente a Hector, um homem de estatura média alta, e aparentemente bonito. Seguimos em direção a seu escritório em passos largos aproveitando a situação de que não havia ninguém passeando pelos corredores. Uma certeza eu tinha, ou Ísis era Vampira ou se tratava de uma “morto-viva”.