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Na Zonko's não citamos nenhum dos personagens dos livros ou filmes. Vivemos no mundo mágico, mas nem Harry Potter, Voldemort, Dumbledore, Comensais da Morte e etc. existiram em nosso mundo, com isso você não pode usar nenhum sobrenome dos personagens dos filmes ou livros. O fórum encontra-se nos dias atuais, no ano de 2013 d.c. e as condições climáticas variam de dia para dia e de tópico para tópico, conforme você poderá observar. O nosso período letivo dura oito meses contando com as férias. Nossos adultos recebem por dia de presença e seus tópicos em ON lhe renderão pontos e goldens (nossa moeda). Você nunca poderá interpretar a ação de outro personagem (salvo com autorização), mas poderá interpretar livremente o seu personagem (seja sempre coerente), lembrando que toda ação possui uma reação. A capital do Mundo mágico está localizada em Vaduz, Liechtenstein.

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Russia Yaten Goëthe [ 16005 ]

Situação Atual: CADASTRO INATIVADO PELO ADMINISTRADOR!!!

  • Yaten Goëthe
  • 1° Ano Romanov
  • 1° Ano Romanov

  • NOME COMPLETO

    Yaten Theodorus Wryintov Goëthe

  • RAÇA

    Humana

  • CLASSE

    Mágica

  • ALTURA

    1,58m

  • PESO

    45kg

  • OLHOS

    Cinza Claro

  • CABELOS

    Castanho Escuro

  • SEXO

    Masculino

  • ORIENTAÇÃO SEXUAL

    Heterossexual

  • IDADE

    11 anos

  • DATA DE NASCIMENTO

    12/04/2002

  • SIGNO

    Áries

  • NOME DO PAI

    Theodorus Goëthe

  • NOME DA MÃE

    Coralinne Goëthe

  • ORIGEM SANGUÍNEA

    Sangue Puro

  • LOCALIDADE

    Durmstrang

  • CIDADE/PAÍS

    Gmmirtov/Russia

  • NÍVEL

Prólogo: “O Pacto”

O Anoitecer se aproximava, e o que anunciava sua chegada era o grande pôr do sol alaranjado que cintilava no horizonte como uma grande esfera dourada. A claridade do dia parecia ceder pouco a pouco os encantos da noite, e tudo parecia muito maravilhoso. Os últimos cantos dos pássaros ainda ecoavam pelas florestas e bosques próximos. O sineiro se preparava para empurrar e puxar com força as inúmeras cordas que balançavam os pêndulos criando a forte vibração ecoando um som que a distância já avisava o fim do dia. Os primeiros sussurros roucos das corujas e corvos iniciaram uma melodia melancólica que acompanhava a noite onde quer que ela fosse. E as primeiras tendas de comércio que eram abertas no centro do condado, eram recolhidas e levadas para casa de seu proprietário, junto com sua mercadoria. Em poucos momentos, a solidão tomou conta de cada beco e estrada da região. As primeiras estrelas começaram a aparecer, apesar do escasso brilho do sol que ainda persistia em ficar. Todos os habitantes do condado já se preparavam para uma boa noite de sono, todos, exceto, talvez, por...

Havia um animal aparentemente muito sério e duro. Tinha a aparência de um lobo, porém era um pouco maior, seu rabo era espesso e bem largo. Seus olhos acinzentados o faziam ficar mais intimidador do que realmente ele poderia intimidar. Possuía duas presas que se acomodavam muito por fora da boca. Seu focinho era longo e fino. O animal não se mexia, com exceção de quando suas orelhas pareciam captar algum sinal, como um radar fazia. Tinha unhas muito afiadas e sujas, quase tão pretas quanto à cor de sua pelagem. As cicatrizes e o grande corte que possuía no olho esquerdo eram a prova de seus conflitos. Mas o fato de possuir apenas uma visão, não o fez mais covarde.

A fera apenas se mexeu quando o fraco bater de asas atrás empurrou o vento. Era uma coruja acinzentada. A ave lhe lançou olhares curiosos e sussurrou um pio. Em suas pernas havia amarrado um pequeno saquinho de couro. A fera dera um salto tão rápido quanto a coruja ao pousar em solo. Mas quando a fera pousou próximo á ave, já não se tratava mais de um animal, no lugar, havia um homem.

O homem era alto e não parecia ser jovem. Tinha uma barba espessa, e os cabelos negros começavam a mesclar com os primeiros fios brancos. O nariz torto e empurrado para baixo dava a impressão que recebera muitos socos no nariz, pelo menos o havia quebrado umas quatro vezes. O olho cego era completamente branco, não havia pupila. E a cicatriz que cortava o olho de uma ponta a outra agora era mais visível. O homem vestia uma vestimenta longa e grossa de cor negra e gola baixa. Usava jeans por baixo e sapatos de ponta fina. Sua cabeleira era muito bagunçada e os fios grisalhos já pareciam ter dominância. Sua pele era pálida e os dentes amarelados.

O bruxo se abaixou acariciando o cocuruto da coruja e puxou com jeito o pequeno saquinho de carinho. Retirou um envelope duro do interior. O envelope era longo e amarelado, e o papel era muito fino. O homem desenrolou o pergaminho do interior do envelope abrindo-o quase que em silêncio, não fosse os pios fracos da ave.

“Endereçamos esta carta ao senhor Theodorus Goëthe, residente bruxo número dezessete do condado de Gmmirtov.

Viemos através desta carta, informar-lhe que o seu pedido para á transferência de vossa senhoria e de sua família ditada abaixo, para o condado de Gôhmory, no extremo leste do país foi aceito. O senhor deve apresentar-se no setor legal de imigração da comunidade mágica. A presença de um menor de seis anos não é necessária. Estamos cientes do real motivo de seu pedido e estamos enviando, para a vossa segurança, dois oficiais do ministério para que acompanhem de perto a transação, e também, para que representem a corte ministerial do inicio ao fim.

Queremos respeitosamente oferecer-te nossos pêsames em homenagem a sua mulher, que viera a falecer na residência de número quarenta e dois. Registro número vinte e um.

PS: O Senhor “Z” deve chegar com o recém-nascido em sua nova residência. ”


O Homem sentira o úmido de suas próprias lágrimas percorrerem o pergaminho até umedecerem a ponta de seus dedos encardidos. Em seu paladar podia sentir o gosto da morte como se ela obtivesse algum sabor. Poderia ouvir os gritos de pavor de sua mulher, pois a conhecia. A maneira como tudo pudesse ter acontecido ecoava como uma incógnita em sua mente. Engoliu em seco ao pensar que algo pudesse ter acontecido a criança, talvez o ministério ainda não tivesse sido comunicado, por isso não havia nada relatado na carta, ou talvez ele estivesse muito nervoso e assustado e nada mais houvesse acontecido, se acalmou. Não era hora de se desesperar. A morte de sua amada era um fato, mas ele ainda tinha uma razão de se manter forte e vivo. Um filho.

A fumaça verde-musgo se espalhava ao longe, saia de uma grande chaminé, de um casebre afastado do condado. O homem virou o único olho em direção ao sinal. A coruja piou uma última vez, se espreguiçou, bateu asas e levantou um voo silencioso

O Senhor Goëthe tinha consciência de que o que estava esperando por tanto tempo, por fim, havia chegado. E se ele não estivesse enganado, o senhor Z estaria com a criança segura entre seus braços. Mais uma vez a fera surgiu na penumbra. E o lobo atingiu uma velocidade alta o suficiente para correr e pular por entre os galhos baixos e altos da floresta escura contornando o condado até chegar próximo a mureta que cercava o casebre iluminado. A fera olhou por todos os lados, continuou em silencio por de trás da mureta. A coruja se guiando pela fumaça pousou sobre a caixinha de correio, e como uma câmara de segurança virava sua cabeça de um lado para o outro a procura de qualquer indicio que não estivesse nos planos. Goëthe mirou bem a janela iluminada, não havia apenas um homem no interior do casebre, parecia haver mais, muito mais. E todos eles conversavam animados. Às vezes excediam as vozes, mas uma voz muito conhecida e autoritária os fazia maneirar em seus tons.

O Senhor Z era um velho ancião. Possuía uma barba grisalha que chegava até o pescoço e a cabeleira bagunçada era igualmente grisalha. Seus olhos eram escuros. Vestia uma vestimenta de pano vagabundo de cor branco encardido. Seu chapéu pontudo era torto e havia muitos remendos. Z se distanciou dos demais e seguiu em passos lentos para o andar de cima. Atravessando o corredor adentrou a uma câmara muito quieta e silenciosa. A janela estava aberta e batia contra a parede sempre que uma massa de vento percorria o local. O aposento era iluminado unicamente por um pequeno candelabro de velas vermelhas no teto. Havia livros em todas as partes, joias espalhadas e uma escrivaninha cheia de fotos espalhadas.

- Goëthe?

Os olhos acinzentados do labo apareceram diante da penumbra. E de repente já não era mais uma fera, e sim um homem. O mesmo homem de antes cuja cegueira não mudara sua forma de agir. O homem lançou um olhar estranho, mesclado a uma dor terrível. Mais uma vez seus olhos se encheram de lágrimas.
- Senhor Z! – resmungou ele se aproximando em um grande abraço.

O ancião retribuiu o afeto enquanto seus olhos recaiam em uma pequena cesta. Uma cesta que solitariamente carregava o maior presente que o homem cujo choro cortava o silêncio que o aposento possuía.
- Ela era tudo na minha vida! Ela se foi, não é verdade? O ministério me informou!

- Como é possível? Arbutnott deve estar louco, porque foi se meter nesses assuntos? Não era para terem escrito sobre a morte de Coralinne. – respondeu o velho ás lamurias do homem. – Com tudo, Coralinne veio a falecer com a criança nos braços, isso é um fato. Theodorus. Está na hora de seguir adiante. O ministério está do seu lado, aproveite isso. Enquanto o Enigma e o ministério estiverem com você ninguém poderá tocá-los, nem...

- MENTIRA! Você viu como ela morreu... – recomeçou o homem insano. Goëthe dava meias voltas de um lado á outro da câmara como se não pudesse conter a raiva dentro de si. Nem mesmo os fungos do bebê no interior da cesta fizeram o homem se calar. – Eles a mataram, e sem piedade, EU JAMAIS PODEREI PERDOAR! Coralinne era tão boa, tão meiga, dona de um sorriso inigualável, ELA NÃO QUERIA FAZER PARTE DESSA PALHAÇADA TODA!

Passos era ouvidos as pressas, como se estivessem em uma maratona.

O Senhor Z ouvia cada berreiro do companheiro, sem dizer si quer alguma palavra de consolo. Não acreditava que qualquer palavra que ele conhecia ou que pudesse dizer amenizaria sua dor, não era justo tentar amenizá-la, a dor era inevitável. E sinceramente até ele mesmo sentia raiva do que havia se passado. Todos ali presentes sentiam falta.

A porta de madeira do quarto rangeu e finalmente cedeu á pressão que faziam. A porta se abriu batendo com força contra a parede. O velho Z se distanciou mirando cada um dos integrantes do Enigma adentrarem o pequeno aposento. Goëthe os olhava como seres estranhos que de repente pareciam muito familiares e aconchegantes. Em especial, a mais nova entre eles. Tinha os mesmos cabelos negros e rebeldes de Goëthe. Era igualmente pálida, e um rostinho angelical. Tinha olhos escuros, e a cabeleira chegava até próximo aos glúteos. Ela o olhava com uma expressão de choro no rosto.

- Ludwika... – chamou com voz fraca o homem.

A menina se aproximou com pressa. Abraçou o Sr. Goëthe com força. Ninguém disse qualquer palavra naquele momento. Apenas os gemidos do bebê no interior do cesto quebrava a tensão.

- Irmão, você está bem? O que é isso? O que fizeram com seu olho?!

Goëthe tentara disfarçar, mas era tarde. A jovem o olhava com uma expressão de puro terror.

- Ludwika... – esganiçou o senhor Z. – Vamos dar essa noite de descanso á Theodorus. Ele deve estar exausto com tudo o que aconteceu, tudo se passou tão rápido. Vou pedir a todos que se retirem, preciso terminar um assunto pendente com Goëthe e em seguida todos vamos descansar.

Ludwika quis protestar. Mas não o fez, em lugar disso, cedera. Mas levara consigo a cesta junto com o menino com o protesto de que iria cuidar dele essa noite para que o pai pudesse descansar em paz. Ninguém quis se opor, nem mesmo o próprio pai. Todos assim como Theodorus tinham consciência de que Goëthe não estava em condições de assumir responsabilidades naquela noite.

Quando todos finalmente deixaram a câmara. Apenas o Senhor Z e Theodorus permaneceram. A coruja pousara no parapeito da janela virando a cabeça de um lado á outro.

- Z! Eu não sei o que vai acontecer comigo, você têm que me prometer!

- O que? – indagou o velho levantando uma sobrancelha.

- Tem que me prometer, ou melhor, fazer o pacto comigo, dando a sua vida pela de meu filho. Não resistira em vê-lo morrer. Se algo acontecer comigo, quero que interceda por ele... – Theodorus continuava exausto, e falava de forma excitada.

- Acalme-se, homem... Não se altere. Farei o pacto com você! Se algo acontecer á você, bem o farei, cuidarei do menino. Mas lembre-se que sua irmã ainda é viva e ela tem todo o direito de ficar com a criança.

- Não me importa! Ela pode cuidar, mas quero que você os vigie de perto, até que ele esteja a salvo em Durmstrang!

O ancião assentiu. Juntos eles se olharem sério, um de frente para o outro. Theodorus puxou sua varinha. Era um pedaço de madeira muito gasto, e o pelo de unicórnio parecia frouxo e sem vida na ponta da varinha. Ele mirou o objeto para o pulso de Z. E à medida em que o velho profetizava algumas palavras em um idioma desconhecido, mas que parecia ter sentido para ambos, porque Theodorus murmurava uma magia enquanto ladeava o pulso de Z com uma cicatriz negra.



Este perfil já foi visualizado 563 vezes. Atualizado pela ultima vez em: 28/06/2014 às 05:49:41