= Karleen Grace, Mélusine, 15 anos, Férias de Natal =
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Algum momento antes das férias de natal...
Caminhar pelos corredores de Beauxbatons era sempre um prazer a mais na vida de estudante de Karleen Grace, todavia passear pelos exteriores da academia francesa tornava único o tempo na escola. Era incrível como o local misturava bonito com elegante de uma maneira tão simples, fazendo parecer que a pessoa com todo aquele trabalho fizera-o sem o menor esforço. Adorava a maneira como a decoração refletia toda estação, todavia as estátuas de gelo sempre faziam presença nos locais, e amava mais ainda o toque bruxo em cada espaço. Aquele lugar, sem dúvida, respirava magia (mesmo que houvesse uma TV em sua comunal). Sempre que precisava pensar em algo mais que não fossem estudos ou deveres de casa fazia questão de ir para os exteriores e gastar seu tempo apenas observando a decoração e as pessoas que ali se encontravam. Era exatamente isto que fazia naquele momento, sentada numa árvore do jardim enquanto cruzava o olhar com diversos adolescentes; a maior parte de sua idade ou um pouco menores. Havia acabado de sair da aula de Magizoologia, todavia prestou atenção em exatamente nada no decorrer de classe, e viera até lá exatamente para aquilo. Pensar.
Isto é, até ser surpreendida com uma presença no mínimo notável. Gérard Prevost, também conhecido como o filho de um influente membro do Ministério da Magia e uma mulher que fizera riqueza fazendo sabe-se lá o que no Mundo Bruxo. Estes eram os motivos pelos quais os adultos tanto lhes admiravam. Os motivos pelo qual outras pessoas, mais novas, faziam questão de notar sua presença variavam. Existia um boato de que o cara era um gênio, tirando nota máxima em todos os deveres e testes que lhe eram passados, além de ser conhecido pelo cargo de batedor no time da Morrigan (apesar de não ser o melhor jogador). Para o resto, que representava setenta por cento da população feminina de Beauxbatons, a beleza dele era notável. Diferente dos padrões franceses, tinha a pele um pouco mais morena que o comum, combinando com o cabelo cor de terra (bagunçados e para cima, bem sexy) e, bem, sobrava pras garotas descobrir como era por baixo da camisa. Karleen, como algumas, já tivera a chance de ficar perto dele uma ou duas vezes, e se havia algo que a impressionava era a altura ─ uns quinze centímetros mais altos que si ─, além dos olhos castanhos... não eram azuis ou verdes, mas tinham seu charme.
Haviam tantas outras coisas a observar que mal percebeu quando ele se aproximou, os lábios se movendo dizendo alguma coisa que não escutava mais. Só foi se dar conta de sua voada nas nuvens quando ele parou de falar, olhando pra ela como se esperasse alguma resposta, um dos braços armados na árvore para apoio e aquele sorriso de quem tinha toda a confiança do mundo. ─ Então, você vêm? ─ Escutou os dizeres, erguendo uma das sobrancelhas. Mais lentamente do que deveria, seu cérebro registrou as palavras anteriores; alguma coisa sobre festa para os mais velhos durante a época do natal, e levar duas de suas amigas (Gabrielle e Désirée, além de outros convidados). ─ C-c-claro... Posso dar um jeito de ir, sim. Ãh... Ah, sim, qual o endereço mesmo? ─ Xingou-se mentalmente pela maneira como agia, totalmente infantil perto do menino que gostava. Devia parecer madura e confiante, como as garotas mais velhas, mas era um fracasso naquilo. Ao menos quando estava perto dele. ─ Claro, aqui está. ─ E sorriu, levando consigo aquele sorriso confiante e um suspiro da morena de quinze anos.
"Inglesa sem graça,
você não vai acreditar no que aconteceu! Lembra-se daquele garoto que te contei nas férias? O Gérard, alto, moreno, olhos castanhos, muito gato e sextanista? Então, agora ele não apenas está no sétimo ano como também ─ tenho meus métodos para saber essas coisas ─ já é maior de idade. E como se não fosse mais incrível, ele me convidou pra sair! Ok, não foi exatamente um convite, mas quase isso, ok?
Depois da aula de Magizoologia, que acabou sendo em conjunto com o sexto e sétimo ano, ele me abordou falando sobre uma festa para os mais velhos nas férias de natal. Isso não é o máximo?! Disse para eu levar duas amigas minhas ─ Désirée e Gabrielle ─ e quem mais eu quisesse, por isso pensei em te convidar! E só não falo sobre isso pessoalmente, porque com certeza vamos passar as férias juntas, porque estou muito animada em falar sobre isso com alguém que não o conheça e não fique de mimimi "mas ele só te convidou porque você é bonita".
Certeza que ele gosta de mim! Por qual outro motivo teria me chamado? Deve ter notado que eu gosto dele há o quê? Um ano? Talvez um pouquinho menos? O importante é que estou convidada e posso impressioná-lo. Será que sua mãe me empresta algum sapato? Enfim, a gente vê isso depois.
Te vejo nas férias, gata,
Karleen que não é Kate nem Kathleen"
Caminhar pelos corredores de Beauxbatons era sempre um prazer a mais na vida de estudante de Karleen Grace, todavia passear pelos exteriores da academia francesa tornava único o tempo na escola. Era incrível como o local misturava bonito com elegante de uma maneira tão simples, fazendo parecer que a pessoa com todo aquele trabalho fizera-o sem o menor esforço. Adorava a maneira como a decoração refletia toda estação, todavia as estátuas de gelo sempre faziam presença nos locais, e amava mais ainda o toque bruxo em cada espaço. Aquele lugar, sem dúvida, respirava magia (mesmo que houvesse uma TV em sua comunal). Sempre que precisava pensar em algo mais que não fossem estudos ou deveres de casa fazia questão de ir para os exteriores e gastar seu tempo apenas observando a decoração e as pessoas que ali se encontravam. Era exatamente isto que fazia naquele momento, sentada numa árvore do jardim enquanto cruzava o olhar com diversos adolescentes; a maior parte de sua idade ou um pouco menores. Havia acabado de sair da aula de Magizoologia, todavia prestou atenção em exatamente nada no decorrer de classe, e viera até lá exatamente para aquilo. Pensar.
Isto é, até ser surpreendida com uma presença no mínimo notável. Gérard Prevost, também conhecido como o filho de um influente membro do Ministério da Magia e uma mulher que fizera riqueza fazendo sabe-se lá o que no Mundo Bruxo. Estes eram os motivos pelos quais os adultos tanto lhes admiravam. Os motivos pelo qual outras pessoas, mais novas, faziam questão de notar sua presença variavam. Existia um boato de que o cara era um gênio, tirando nota máxima em todos os deveres e testes que lhe eram passados, além de ser conhecido pelo cargo de batedor no time da Morrigan (apesar de não ser o melhor jogador). Para o resto, que representava setenta por cento da população feminina de Beauxbatons, a beleza dele era notável. Diferente dos padrões franceses, tinha a pele um pouco mais morena que o comum, combinando com o cabelo cor de terra (bagunçados e para cima, bem sexy) e, bem, sobrava pras garotas descobrir como era por baixo da camisa. Karleen, como algumas, já tivera a chance de ficar perto dele uma ou duas vezes, e se havia algo que a impressionava era a altura ─ uns quinze centímetros mais altos que si ─, além dos olhos castanhos... não eram azuis ou verdes, mas tinham seu charme.
Haviam tantas outras coisas a observar que mal percebeu quando ele se aproximou, os lábios se movendo dizendo alguma coisa que não escutava mais. Só foi se dar conta de sua voada nas nuvens quando ele parou de falar, olhando pra ela como se esperasse alguma resposta, um dos braços armados na árvore para apoio e aquele sorriso de quem tinha toda a confiança do mundo. ─ Então, você vêm? ─ Escutou os dizeres, erguendo uma das sobrancelhas. Mais lentamente do que deveria, seu cérebro registrou as palavras anteriores; alguma coisa sobre festa para os mais velhos durante a época do natal, e levar duas de suas amigas (Gabrielle e Désirée, além de outros convidados). ─ C-c-claro... Posso dar um jeito de ir, sim. Ãh... Ah, sim, qual o endereço mesmo? ─ Xingou-se mentalmente pela maneira como agia, totalmente infantil perto do menino que gostava. Devia parecer madura e confiante, como as garotas mais velhas, mas era um fracasso naquilo. Ao menos quando estava perto dele. ─ Claro, aqui está. ─ E sorriu, levando consigo aquele sorriso confiante e um suspiro da morena de quinze anos.
Algum momento no início das férias de natal (tarde)...
─ Pode ir saindo da cama, Lu! Não tô nem aí que você não para de espirrar, é mais do óbvio que vai comigo. Gabrielle e Désirée aparecerão daqui à meia hora para irmos, então trate de se arrumar nesse meio tempo! Irei ao banheiro ajeitar meu cabelo, pode ser? ─ Uma Karleen de 15 anos muito ansiosa para o que aconteceria dali à uma hora e meia não parava de locomover-se pelo quarto, tentando tirar a melhor amiga da cama ao mesmo tempo em que conferia suas vestimentas e aparência no espelho a cada cinco minutos. Não tinha ideia se o que vestia era demais ou pouco apresentável para o tipo de festa que iria, muito menos se estava bem o bastante para chamar atenção de seu "alvo". Não se sentia exatamente confortável, mas aquela era a última coisa que pensava enquanto retocava a maquiagem e ajeitava os nós e fios soltos ridículos da cabeça. Queria estar perfeita, fosse lá o que perfeita significasse, para o que viria a seguir.
Suspirava só de pensar no semblante de Gérard enquanto lhe convidava, imaginando como seria enquanto estivessem juntos, no mesmo lugar. Será que ele lhe pagaria uma bebida, como faziam os caras nos filmes? Esperava que fosse algo com pouco álcool, afinal as poucas vezes em que experimentou foram nada agradáveis. Talvez lhe chamasse para dançar, se houvesse algum espaço para dança, e então colocariam uma música lenta especialmente para os dois, em sua cabeça, e ele lhe daria um beijo digno de cinema. Ou talvez fizesse melhor e "sequestrasse-lhe" para fora da festa, levaria-a para algum lugar secreto que apenas ele conhecesse e os dois deitariam no chão para observar as estrelas; ou ele faria uma declaração incrível e lhe pediria em namoro, que ela com certeza diria sim ao abraçá-lo e beijá-lo depois. Diversas cenas passavam por sua mente, alguma delas compartilhadas com a melhor amiga, enquanto sentia que podia cantar e dançar a qualquer instante para extravasar a própria felicidade. Sim, aquela noite seria uma para ser lembrada.
E, bem, não conseguiu convencer Luna, mas estava numa felicidade tão grande que desistiu da ideia nos minutos seguintes. Quando suas duas amigas francesas chegaram ─ e apresentou-as para a inglesa ─, fez questão de esperarem pelo menos meia hora antes de ir. Sabia que as pessoas legais chegavam no mínimo meia hora depois, e seu plano era chegar 45 minutos após o início da festa. Tempo o bastante para ter muita gente, mas ainda sem encher, e o suficiente para fazer com que Gérard se perguntasse se ela iria ou não. Será que estava pensando nela e se perguntando quais vestes havia escolhido para a ocasião? Não que importasse muito, mas... Certeza de que ele estava pensando algo assim. Ou outra coisa, mas nela.
Cerca de quarenta e cinco minutos após o início da noite...
A primeira coisa que percebeu ao chegar foi o barulho. Muito barulho. A entrada em si era um prédio velho, cuja aparência decadente era suficiente para fazer com que as pessoas pensassem duas vezes antes de entrar, todavia ao pisar os pés no local subitamente revelou-se elegante no interior. As instruções que recebeu indicavam que deveria ir até o último andar e caminhar diretamente ao fim do corredor, o que fez sem pestanejar. Gabrielle, que era a única maior de idade do trio, sugeriu que aquela localização foi pensada para manter adultos longe, já que nem mesmo os bruxos pensariam que um local daquele porte como escolha dos adolescentes. Désirée passou mais tempo analisando o interior, dizendo que foi reformulado com o uso de magia. Por fora estava velho demais para ser um prédio pensado com tais intenções, então deveriam ter pegado um aleatório e feito-o daquela forma. Karleen, no entanto, só conseguia manter os pensamentos no que encontrariam assim que atravessassem a porta. A música foi o primeiro sinal que recebera; alta, mas não alta o bastante para estourar os tímpanos. Talvez uma banda ao vivo? Era possível. Não havia ninguém esperando atrás da porta, e era possível que também não tivesse ninguém após, um indicativo de serem realmente receptivos a convidados inesperados (aka penetras).
Ainda assim, não foi a música ou falta de lista de convidados que a surpreendeu quando adentrou, e sim o ambiente. Longe de ser organizado, com diversas pessoas andando de um lado para o outro acompanhadas de copos em suas mãos, em nada se parecia com as festas e bailes organizadas em Beauxbatons. Não havia adultos presentes, percebeu de cara, ainda que algumas pessoas aparentassem serem maiores de idades (não que ter mais de dezessete anos significasse ser um adulto, sabia). O cômodo em si era grande, todavia mesmo com iluminação encontrava-se escurecido, e conseguia ver na lateral esquerda um bar modernizado, com objetos que indicavam a existência de móveis trouxas. Uma espécie de pista de dança mais ao fundo, com mais gente do que achava ser possível no espaço, e todos eles se divertindo com o som de uma música que do ângulo que estava não percebia da onde vinha. Outras coisas mais que não estava acostumada com e lhe fizeram se despedir das amigas e procurar um banheiro [onde pensaria mais a fundo sobre no que se metera].
***
Cinco minutos após sumir do local no único espaço que não seria incomodada com facilidade, voltou ao ambiente da festa com a cabeça erguida. Ok, idaí que não era como pensava que seria? Ainda era bem possível que alguns de seus pensamentos se concretizassem, todos eles envolvendo o francês não estereotipado, e nada lhe impedia de aproveitar a noite enquanto estes não se fizessem valer. Poderia muito bem reunir Gabrielle e Désirée e dar a ideia de dançarem um pouco na pista, afinal era uma das coisas que mais gostava de fazer quando tinha oportunidade, e talvez até chamasse a atenção de alguns rapazes. Por que não? Já estava ali mesmo, que se divertisse então. Havia dito para si que gostaria de lembrar daquela noite, então continuaria com o plano de chamar a atenção de Gérard somando ao fato de precisar se divertir. Talvez tomasse coragem para beber alguma coisa que não fosse água ou refrigerante, afinal a mãe de Luna achava que tinha ido passar um fim de semana na casa de Gabrielle mesmo.
E os pensamentos foram por água abaixo quando deparou-se com uma cena que fez todo seu encanto por Gérard perder-se de uma vez. Andou por menos de um minuto enquanto procurava uma das amigas, até que seus olhos cruzassem com uma cena inesquecível. Uma parte dela desejava que estivesse errada e não fosse o morrigano, mas era capaz de reconhecê-lo em qualquer lugar e aquele, bem, era um lugar. Ele estava por trás, claro, todavia as vestes e o cabelo denunciavam ser quem era; virada para si, ainda que fosse impossível ver, estava uma loira da mesma altura que o rapaz. E eles estavam, como apenas Karleen não esperava, praticamente engolindo um ao outro. Era uma cena quase nojenta de se ver, e naquele instante culpou-se por imaginar a mesma coisa com ela estando no lugar da loira. Nem ao menos percebeu quando depositaram um copo em sua mão, a cena que via exigindo de toda sua atenção. E naquele momento queria mais do que tudo ir para um canto sozinha e extravasar chorando.
Mas, obviamente, não era o que faria. Se ela significava nada para ele, então por que ele significaria algo para ela? Não iria reduzir-se ao nível de choro simplesmente porque teve uma desilusão amorosa. Muito pelo contrário, faria questão de mostrar que não se importava, ou ao menos sair por cima. Bem, talvez não com tanta elegância, mas sua raiva moveu-a quando percebeu o copo em mãos; um cheiro forte e ruim saindo deste. Foi com maestria que cutucou-o por trás, pouco se importando em atrapalhar o casal horrível, e virou o copo para baixo quando esteve estava em cima de Gérard. Ao mesmo tempo, notou que a companhia desde era ninguém menos que Désirée, agora sim desejando ceder ao choro, mas mais uma vez pensando que seria a última coisa a fazer, se o fizesse. ─ Teria feito questão de rasgar seu convite e suas palavras mentalmente caso soubesse que me convidou apenas para dar um jeito de trazê-la aqui. E por acaso você é frouxo? Chamando a amiga para conseguir o prêmio? Não tem coragem de convidar a pessoa certa e mesmo assim gaba-se pelos convites depois. Cresça, Prevost. E, por favor, não inclua-a nesse crescimento, pois nem mesmo ela merece um merdinha igual a você. ─ E, finalmente, deu alguns passos para trás, não sabendo exatamente qual seria seu próximo passo.
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Enoooooooorme, mas porque gostaria de desenvolver bem esse lado ingênuo da Kar (aos quinze anos). Obviamente que não revisado, pq pregs, e esperando postagens de quem combinei com u.u