Re: Florean Fortescue's Sorveteria

Um pouco de magia e sorveteria para animar o dia!
A rima não é meu forte, mas adoro frases de efeito.
A rima não é meu forte, mas adoro frases de efeito.
Com o fim de toda a correria que foram os eventos de férias, consegui tirar três merecidos dias de folga da rádio, deixando os programas gravados com as previsões astrológicas, as respostas das perguntas que recebi via cartas dos ouvintes, as reflexões e, principalmente, a chamada para mais um curso de astrocartografia – que estava bombando – no próximo fim de semana. Aproveitei o primeiro dia para dar uma geral em alguns arquivos, organizar a bagunça da minha casa e ficar cem por cento disponível para a quinta-feira: levar Anna para comprar os materiais escolares. Por Saturno! Eu estava extremamente ansioso para encontrar a pequena outra vez, tendo em vista que ela foi obrigada a passar parte da “turnê de férias” com a bruxa má em vez de ao meu lado por conta da cobertura das atividades. Levá-la um dia para conhecer a rádio bruxa também estava nos meus planos, só que para isto eu precisava de um dia calmo.
Não é novidade que eu adore crianças e faça bastante sucesso entre elas. Meu jeito alegre, espalhafatoso, brincalhão e bem humorado de sempre me tornavam o “tiozão” da família e era muito frustrante não poder usar magia com meus sobrinhos, já que eles eram trouxas. E como eu ainda não tinha uma mulher para me dar crianças, a ideia de apadrinhar um jovem nascido trouxa – assim como fizeram comigo – aqueceu meu coração. Como eu ainda não tinha experiência e licença liberada para me tornar um tutor oficial, eu tinha que dividir essa tarefa com um outro bruxo. Anna era “minha primeira criança”, estava indo para o segundo ano, e para sorte de nós dois, sua tutora oficial não gostava muito de crianças e era excelente apenas nas questões burocráticas. Jade era extremamente séria e objetiva, o que é péssimo para uma criança que acabou de descobrir as inúmeras maravilhas do mundo mágico e não pode simplesmente deleitar aqueles encantos com o entusiasmo merecido por medo de ser transformada em um sapo verruguento. Por conta disso, decidimos que eu levaria a menina para comprar o material escolar naquele ano e Anna carregaria consigo um espelho de dois lados para caso eu fizesse alguma coisa de errado e ela precisasse de ajuda – o que não aconteceria certamente.
A fim de facilitar a vida de todos, havíamos combinado que eu buscaria a jovem na casa dos pais dela, na Noruega, e viajaríamos para Londres através da rede flu para não corrermos riscos de uma aparatação em conjunto dar errado devida a significativa distância entre os pontos. Era meu dever garantir a integridade física de Anna, além de ser a regra nº 1 do departamento de patrinhos, era a minha prioridade moral. As 9h em ponto eu estava de pé na frente da casa dos Sundstrøm vestindo o meu melhor e amigável sorriso e também roupas casuais, porém arrumadas, para manter a boa impressão daquele simpático casal. Antes de tocar a campainha, agite discretamente a minha varinha e arrumei as flores murchas do jardim da Sra. Britta, rindo ao lembrar da história de como “tudo parece ficar louco” quando Anna está por perto. Ah! A juventude. Quantas vezes eu já tinha ouvido aquela frase, mas com meu nome ao final.
– Bom dia, Sra. Britta! – Cumprimentei a moça fazendo um buquê se formar nas minhas mãos após conjurar baixinho um Orchideous e entreguei ela aquelas belas flores lilás. – E bom dia, Sr. Eigil. Sei que está muito cedo para isto, mas é uma injustiça um homem não experimentar uma dose de whisky de fogo, uma bebida muito comum entre os bruxos, ao menos uma vez na vida. Tome uma dose pequena porque é realmente forte. – Entreguei-lhe uma caixa da bebida, embrulhada cuidadosamente (pela moça da loja, claro, porque não tenho essas habilidades manuais) com um papel de presente verde esmeralda. – A pequena Anna está pronta para mais um ano letivo? Creio que a lista tenha sido um pouco maior neste ano, tendo em vista que ela vai para Beauxbatons e não para Hogwarts! A Srta. Jade já deixou comigo. – Mantive um tom simpático. – Aí está ela! – Abri as duas mãos indicando a “estrela” daquela manhã assim que a vi se aproximar.
Anna era uma criança mais calma do que eu imaginava e eu ainda não tinha decifrado se era por conta do meu excesso, se era ainda a estranheza com toda a situação (eu, pelo menos, levei uns três anos para me acostumar com a magia), ou se era realmente sua forma de ser. Expliquei à ela toda a dinâmica da nossa viagem, respondi algumas perguntas sobre aparatação, contei alguns casos bobos e em menos de meia hora já estávamos na frente da entrada do Beco, quando lembrei à ela como fazia para acionar a entrada mágica e a deixei tentar.
– Beauxbatons, hein? – Disse já com sua lista nas mãos. – Lá é incrível. Eu tenho um apego especial por Hogwarts, mas devo dizer que os jardins franceses, assim como as pessoas de lá são muito belos. – Esta parte falei mordendo um pouco o lábio para não parecer grosseiro, mas o meu sorriso impossível de conter logo me denunciou. Anna tinha 12 anos, é claro que ela já reparava em meninos e meninas, embora eu não fosse a pessoa adequada para ter aquele tipo de conversa. – Lá o clima é bem mais agradável e você vai poder aproveitar a piscina, a caverna e também a praia! A parte chata são as aulas de etiqueta, mas os clubes vão compensar o tédio.
Compramos todos os livros, os materiais para poções e os itens essenciais daquela extensa lista e então eu parei na frente da loja de sorvetes mais famosa do Mundo Mágico e a olhei com um sorriso convidativo. – Que tal? Tenho certeza que não vai fazer mal a gente comer a sobremesa antes do almoço uma vez na vida. Assim você pode me contar um pouco mais sobre como foi seu primeiro ano e as expectativas para este segundo.
Não é novidade que eu adore crianças e faça bastante sucesso entre elas. Meu jeito alegre, espalhafatoso, brincalhão e bem humorado de sempre me tornavam o “tiozão” da família e era muito frustrante não poder usar magia com meus sobrinhos, já que eles eram trouxas. E como eu ainda não tinha uma mulher para me dar crianças, a ideia de apadrinhar um jovem nascido trouxa – assim como fizeram comigo – aqueceu meu coração. Como eu ainda não tinha experiência e licença liberada para me tornar um tutor oficial, eu tinha que dividir essa tarefa com um outro bruxo. Anna era “minha primeira criança”, estava indo para o segundo ano, e para sorte de nós dois, sua tutora oficial não gostava muito de crianças e era excelente apenas nas questões burocráticas. Jade era extremamente séria e objetiva, o que é péssimo para uma criança que acabou de descobrir as inúmeras maravilhas do mundo mágico e não pode simplesmente deleitar aqueles encantos com o entusiasmo merecido por medo de ser transformada em um sapo verruguento. Por conta disso, decidimos que eu levaria a menina para comprar o material escolar naquele ano e Anna carregaria consigo um espelho de dois lados para caso eu fizesse alguma coisa de errado e ela precisasse de ajuda – o que não aconteceria certamente.
A fim de facilitar a vida de todos, havíamos combinado que eu buscaria a jovem na casa dos pais dela, na Noruega, e viajaríamos para Londres através da rede flu para não corrermos riscos de uma aparatação em conjunto dar errado devida a significativa distância entre os pontos. Era meu dever garantir a integridade física de Anna, além de ser a regra nº 1 do departamento de patrinhos, era a minha prioridade moral. As 9h em ponto eu estava de pé na frente da casa dos Sundstrøm vestindo o meu melhor e amigável sorriso e também roupas casuais, porém arrumadas, para manter a boa impressão daquele simpático casal. Antes de tocar a campainha, agite discretamente a minha varinha e arrumei as flores murchas do jardim da Sra. Britta, rindo ao lembrar da história de como “tudo parece ficar louco” quando Anna está por perto. Ah! A juventude. Quantas vezes eu já tinha ouvido aquela frase, mas com meu nome ao final.
– Bom dia, Sra. Britta! – Cumprimentei a moça fazendo um buquê se formar nas minhas mãos após conjurar baixinho um Orchideous e entreguei ela aquelas belas flores lilás. – E bom dia, Sr. Eigil. Sei que está muito cedo para isto, mas é uma injustiça um homem não experimentar uma dose de whisky de fogo, uma bebida muito comum entre os bruxos, ao menos uma vez na vida. Tome uma dose pequena porque é realmente forte. – Entreguei-lhe uma caixa da bebida, embrulhada cuidadosamente (pela moça da loja, claro, porque não tenho essas habilidades manuais) com um papel de presente verde esmeralda. – A pequena Anna está pronta para mais um ano letivo? Creio que a lista tenha sido um pouco maior neste ano, tendo em vista que ela vai para Beauxbatons e não para Hogwarts! A Srta. Jade já deixou comigo. – Mantive um tom simpático. – Aí está ela! – Abri as duas mãos indicando a “estrela” daquela manhã assim que a vi se aproximar.
Anna era uma criança mais calma do que eu imaginava e eu ainda não tinha decifrado se era por conta do meu excesso, se era ainda a estranheza com toda a situação (eu, pelo menos, levei uns três anos para me acostumar com a magia), ou se era realmente sua forma de ser. Expliquei à ela toda a dinâmica da nossa viagem, respondi algumas perguntas sobre aparatação, contei alguns casos bobos e em menos de meia hora já estávamos na frente da entrada do Beco, quando lembrei à ela como fazia para acionar a entrada mágica e a deixei tentar.
– Beauxbatons, hein? – Disse já com sua lista nas mãos. – Lá é incrível. Eu tenho um apego especial por Hogwarts, mas devo dizer que os jardins franceses, assim como as pessoas de lá são muito belos. – Esta parte falei mordendo um pouco o lábio para não parecer grosseiro, mas o meu sorriso impossível de conter logo me denunciou. Anna tinha 12 anos, é claro que ela já reparava em meninos e meninas, embora eu não fosse a pessoa adequada para ter aquele tipo de conversa. – Lá o clima é bem mais agradável e você vai poder aproveitar a piscina, a caverna e também a praia! A parte chata são as aulas de etiqueta, mas os clubes vão compensar o tédio.
Compramos todos os livros, os materiais para poções e os itens essenciais daquela extensa lista e então eu parei na frente da loja de sorvetes mais famosa do Mundo Mágico e a olhei com um sorriso convidativo. – Que tal? Tenho certeza que não vai fazer mal a gente comer a sobremesa antes do almoço uma vez na vida. Assim você pode me contar um pouco mais sobre como foi seu primeiro ano e as expectativas para este segundo.
Notas: Faladeiro toda vida, meu deus! Fica à vontade para qualquer reação dele e para falar sobre as compras da lista, se quiser. || Interagindo com Anna Sundstrøm.