O professor de História da Magia relatava o seu lado da história, a qual, a princípio, a francesinha já esperava: de que o casal, seus pais biológicos, eram demasiadamente jovens e inexperientes para desenvolver o papel que a eles lhe foram impostos pelo destino. E como forma de dar o melhor que eles julgavam para a filha, melhor este o qual eles não poderiam lhe dar, embora, Viktor aparentasse que quisesse e Amélie parecia não querer acreditar, deram-lhe a um casal que ansiava por um filho e que criou a francesinha como se tivesse saído de suas entranhas.
A garota permanecia calada, com as lágrimas silenciosamente desfilando sobre sua face, sendo a única companheira, sua única confidente para todo aquele sentimento de rejeição que sempre inundou o orgulho da francesa. O homem parecia condoído com o sofrimento da filha e lhe ofereceu um lencinho de tecido para que ele pudesse conter um pouco daquele sofrimento do qual ele apenas podia imaginar. Amélie gostava daqueles elogios que o homem tecia para ela, e inconscientemente caía nas amarras das palavras as quais o ucraniano lhe dizia de forma intencional, racional e deliberada, com o intuito único de confortá-la; mas, não de uma forma altruísta como Amélie imaginava, mas numa mesclagem do egoísmo do homem a qual ela parecia ter herdado.
E pela primeira vez, de seus lábios vieram um sorriso contido, enlameado pelas lágrimas de outrora. Realmente, o homem tinha razão, a garota pensara, enquanto era manipulada pelas palavras do pai biológico: Erwvan e Chlóe foram excelentes pais e nunca os abandonaria. E parecia ser uma cina para os pais errarem ao tentar ajudar. Erro que inclusive o casal francês havia cometido ao tentar afastar Gilles da garota com o intuito de privá-la de uma vida da qual eles imaginavam que o garoto não podia oferecer à filha. Evey e Viktor pensaram da mesma forma, entregando-a ao casal francês há anos atrás. E Gilles escondera da amiga a verdade, com o intuito de protegê-la. Verdade esta da origem de seus pais e um pouco da sua história, embora, ela nunca saberia em sua total plenitude. Pelo menos, os adultos imaginavam e as fiandeiras do destino poderiam conspirar a favor. O amor sempre parecia estar atrelado a mentiras, a coisas ocultas, na tentativa de fazer o bem, realizando o mal. E a garota ia ganhando paulatinamente tais conceitos errados sobre a vida, formando-a de forma torta e desvirtuosa.
Viktor parecia querer tentar se aproximar da filha e num primeiro momento tocar a mão da garota tornava-se a primeira tentativa a qual Amélie objetou-se inconscientemente como forma de se defender. Viu o homem recuar, colocar suas mãos novamente sobre as pernas ou sobre o tampo da mesa e o fitou por um átimo de segundo e não conseguindo encarar toda aquela verdade, ás vezes desviava o olhar. Não sabia se estava preparada para uma aproximação, embora também tivesse o desejo de conhecer Viktor mais profundamente. Parecia ser uma pessoa carregada de mistérios, talvez em parte pela áurea que a catédra oferecida por ele em Hogwarts proporcionava. Mas, a garota não sabia como agir. Precisava conversar com os pais sobre aquilo; queria saber se não os machucaria; tinha que contar a alguém sobre aquela conversa antes de tomar uma atitude que deveria ser racionalizada. Não queria machucar os seus pais, não eles que a criaram com tanto amor. E ali, parecia estar agindo sobre as costas deles.
- Preciso pensar. - Amélie se pronunciou pela primeira vez após toda a revelação, repletas de mentiras, das quais ela infelizmente desconhecia, feita pelo ucraniano. - preciso conversar com meus pais primeiramente; não quero machucá-los em tentar me aproximar de você - seu tom era sério e verdadeiro. Parecia ser a única que compatuava com a verdade naquela mesa e assim gostaria de permanecer.- Tenho curiosidade, sempre tive, em saber como eram meus pais e o motivo pelo qual me abandonaram - Viktor tentou intervir, dizendo que abandonar era uma palavra forte para a situação da qual ele mesma havia descrito como algo mais ameno. Mas, ela objetou nas explicações do homem e prosseguiu. Para ela independente das desculpas, ela havia sido abandonada. - Mas, esta não é uma decisão da qual quero tomar sozinha. - e após viktor dizer que esperaria pelo tempo que ela julgar necessário, que estaria ali sempre dela no que ela precisar, a garota levantou-se - preciso ir embora. Acredito que o tempo do passeio à Hogsmeade tenha terminado. - ofereceu o lenço de volta para Viktor, mas ele disse que poderia ficar com ela. E num sorriso contido, um pouco forçado para aparecer uma garota afável, educada além do que era, talvez inconscientemente carregado pelo medo de ao agir ao contrário ser novamente abandonada pelo homem, despediu-se do homem. - até mais ver, professor.
A garota permanecia calada, com as lágrimas silenciosamente desfilando sobre sua face, sendo a única companheira, sua única confidente para todo aquele sentimento de rejeição que sempre inundou o orgulho da francesa. O homem parecia condoído com o sofrimento da filha e lhe ofereceu um lencinho de tecido para que ele pudesse conter um pouco daquele sofrimento do qual ele apenas podia imaginar. Amélie gostava daqueles elogios que o homem tecia para ela, e inconscientemente caía nas amarras das palavras as quais o ucraniano lhe dizia de forma intencional, racional e deliberada, com o intuito único de confortá-la; mas, não de uma forma altruísta como Amélie imaginava, mas numa mesclagem do egoísmo do homem a qual ela parecia ter herdado.
E pela primeira vez, de seus lábios vieram um sorriso contido, enlameado pelas lágrimas de outrora. Realmente, o homem tinha razão, a garota pensara, enquanto era manipulada pelas palavras do pai biológico: Erwvan e Chlóe foram excelentes pais e nunca os abandonaria. E parecia ser uma cina para os pais errarem ao tentar ajudar. Erro que inclusive o casal francês havia cometido ao tentar afastar Gilles da garota com o intuito de privá-la de uma vida da qual eles imaginavam que o garoto não podia oferecer à filha. Evey e Viktor pensaram da mesma forma, entregando-a ao casal francês há anos atrás. E Gilles escondera da amiga a verdade, com o intuito de protegê-la. Verdade esta da origem de seus pais e um pouco da sua história, embora, ela nunca saberia em sua total plenitude. Pelo menos, os adultos imaginavam e as fiandeiras do destino poderiam conspirar a favor. O amor sempre parecia estar atrelado a mentiras, a coisas ocultas, na tentativa de fazer o bem, realizando o mal. E a garota ia ganhando paulatinamente tais conceitos errados sobre a vida, formando-a de forma torta e desvirtuosa.
Viktor parecia querer tentar se aproximar da filha e num primeiro momento tocar a mão da garota tornava-se a primeira tentativa a qual Amélie objetou-se inconscientemente como forma de se defender. Viu o homem recuar, colocar suas mãos novamente sobre as pernas ou sobre o tampo da mesa e o fitou por um átimo de segundo e não conseguindo encarar toda aquela verdade, ás vezes desviava o olhar. Não sabia se estava preparada para uma aproximação, embora também tivesse o desejo de conhecer Viktor mais profundamente. Parecia ser uma pessoa carregada de mistérios, talvez em parte pela áurea que a catédra oferecida por ele em Hogwarts proporcionava. Mas, a garota não sabia como agir. Precisava conversar com os pais sobre aquilo; queria saber se não os machucaria; tinha que contar a alguém sobre aquela conversa antes de tomar uma atitude que deveria ser racionalizada. Não queria machucar os seus pais, não eles que a criaram com tanto amor. E ali, parecia estar agindo sobre as costas deles.
- Preciso pensar. - Amélie se pronunciou pela primeira vez após toda a revelação, repletas de mentiras, das quais ela infelizmente desconhecia, feita pelo ucraniano. - preciso conversar com meus pais primeiramente; não quero machucá-los em tentar me aproximar de você - seu tom era sério e verdadeiro. Parecia ser a única que compatuava com a verdade naquela mesa e assim gostaria de permanecer.- Tenho curiosidade, sempre tive, em saber como eram meus pais e o motivo pelo qual me abandonaram - Viktor tentou intervir, dizendo que abandonar era uma palavra forte para a situação da qual ele mesma havia descrito como algo mais ameno. Mas, ela objetou nas explicações do homem e prosseguiu. Para ela independente das desculpas, ela havia sido abandonada. - Mas, esta não é uma decisão da qual quero tomar sozinha. - e após viktor dizer que esperaria pelo tempo que ela julgar necessário, que estaria ali sempre dela no que ela precisar, a garota levantou-se - preciso ir embora. Acredito que o tempo do passeio à Hogsmeade tenha terminado. - ofereceu o lenço de volta para Viktor, mas ele disse que poderia ficar com ela. E num sorriso contido, um pouco forçado para aparecer uma garota afável, educada além do que era, talvez inconscientemente carregado pelo medo de ao agir ao contrário ser novamente abandonada pelo homem, despediu-se do homem. - até mais ver, professor.