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Chegada à Durmstrang

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por Mihail Weylin » 22/11/2018 às 21:19:24
Título: Chegada à Durmstrang
Mihail Weylin
 

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All dead, all dead
All the dreams we had

And I wonder why I still live on.
Parte I


A presença do terceiro entre nós ainda me fazia falta, depois de tudo o que nos acontecera eu imaginava esse momento – se é que realmente imaginava – com o trio completo e não defasado como estava. Admito que estava assustado, mais do que eu gostaria de admitir e, mais do que isso, trazia comigo os olhos inchados e o nariz vermelho por simplesmente chorar o caminho inteiro até a instituição. Aquele tipo de separação era simplesmente cruel, para se dizer o mínimo. Era uma dor lacerante que já nos atormentara uma vez com a morte de Quatorze tantos anos atrás.

Só ergui o rosto quando as luzes do cômodo se apagaram, instintivamente grudando o corpo junto do de meu irmão, quase derrubando-o naquele processo. – G-gav... – Murmurei, mais em sobressalto diante das luzes fantasmagóricas que subitamente ganharam o céu encantado. Apertei a mão do garoto como era costume fazermos, a respiração tão rápida quanto o pulsar do meu jovem coração. Acompanhei o espetáculo levemente confuso, tendo sido pego literalmente de surpresa por todo seu esplendor e, uma vez mais, me vi fascinado pelo mundo da magia, muito embora tal fascínio se misturasse com uma pontada angustiante de pesar. Aquilo que nós, que eu e Gavril estávamos vendo poderia ser algo que Anghel jamais veria.

As lágrimas voltaram a escorrer pelo meu rosto, assegurando aquela impressão de fragilidade e de criança assustada que eu realmente era. Acompanhei com um franzir de testa a explosão entre as duas aves e, por um instante, aceitei aquele pensamento de que naquela escola só existiam duas casas. “Talvez seja um sinal...” Refleti, engolindo em seco com a pontada no braço, sob o ponto da cicatriz que carregávamos e, tal como Gavril, recolhi a manga do casaco que vestia para averiguar a marca acima de nossos números. – A-a minha é igual a-a sua... – Comentei em tom baixo, secando os olhos para que os outros alunos não as vessem.

No final das contas tinha diferença entre verem que você estava chorando e te verem chorar e, bem... por mais que eu não quisesse aceitar o que nos acontecia, em especial naquele momento, existiam determinadas coisas em nosso caminho que nós não podíamos mudar. Por exemplo, nós não poderíamos fazer que Anghel simplesmente se materializasse ali, por mais que quiséssemos que isso acontecesse. “Pelo menos não ainda.” Refleti, tendo dentro de mim aquela crença infantil que a magia realmente resolveria todos os nossos problemas se soubéssemos usar o feitiço certo.

Movi meu corpo mecanicamente, acompanhando o de Gavril quando este me puxou pelo casaco na direção da mesa rubra, presenciando o desaparecer do brasão da casa do pulso, deixando para trás a velha queimadura com os dizeres ‘WO13’, lembrando-me sempre da realidade que existia no passado. Me sentei ao lado dele, inalando profundamente algumas vezes. –E-eu tô bem... – Respondi a pergunta do outro, sentindo o choro borbulhar em meu interior novamente –É-É só que e-eu... E-eu... – Tentava, com todas as minhas forças, segurar o choro, não derramar mais lagrimas, tentar ser forte depois de todo aquele tempo.

- E-eu só queria que Anghel e-estivesse aqui com a-a gente e... e ele... a -a gente ‘tá aqui e n-nem sabemos m-mais onde ele está... e eu q-quase não s-sinto m-mais ele também e.... - Soluçava a essa altura, sentindo o rosto corar diante da vergonha que sentia misturada ao desespero. – E-eu tenho medo d-de... de esquecer c-como ele era e... – Não conseguia mais falar, sentindo o corpo apenas se sacudir com os soluços, perdendo o folego com uma velocidade maior do que a que eu conseguia recuperar. Assim, tenho certeza que teria continuada assim, ali no meio das pessoas jantando se não fosse um aluno mais velho, no arrastando para um banco no corredor, fazendo mil perguntas que eu não conseguia responder direito.



Narrador,, -Outros- , -Falas - e doces "Pensamentos" .
Tagged: Anghel W.
Interagindo com: Gavril W.
Notas: Tadinho do meu filho ahhhh

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