Sobrevivemos ao fim da saga de Harry Potter. Por mais de 12 anos distribuindo Magia!!!
Situação Atual: CADASTRO NORMAL E ATIVO
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Como eu começaria contando minha história? Nem mesmo eu sei muito sobre ela. Poderia dizer que foi uma infância triste, que eu sofri muito... Mas bem, eu estaria mentindo. A verdade é que minha infância foi apenas confusa, mas aquele tipo de confusão quente e colorida, que as crianças adoram. Viajava a todo momento, e as pessoas sempre pareciam gostar de mim. Sempre soube o que dizer a elas, para elas me amarem. Mas depois de um tempo, isso vai perdendo o sentido, pode acreditar em mim. Sempre gostei de escrever, desde pequeno. Meu pai me chamava de pequeno escritor, de alguma forma isso sempre me pareceu verdade. Tínhamos uma casa em Manchester, pequena, em uma rua afastada do centro, havia muitas árvores por lá, incrível não? Em meio a uma metrópole tão grande, existir algo ainda tão verde e belo. Mas passávamos pouco tempo lá, meu pai sempre gostara de viajar, e eu sempre fui sua única companhia. Pode estar parecendo estranho não? Em toda essa história, apenas meu pai ser mencionado... Mas tem um bom motivo. Nunca conheci minha mãe. Meu pai me diz que ela era especial, seja lá o que isso signifique, mas nunca diz nada conclusivo. O que realmente é estranho não é ele sempre escapar das respostas, é normal para mim não ter uma mãe, mas sim ele sempre ficar com aquele brilho nos olhos por horas a fio, após eu ter perguntado sobre ela. É como se as lembranças sugassem ele. Certa vez ele deixou escapar que ela era mais que especial, era como se tivesse saído de algum livro, e mudado sua forma de ver o mundo para sempre. Ele me diz que eu lembro ela, e talvez eu deva concordar, não sou nada parecido com ele. Enquanto seus cabelos são negros e seus olhos de um castanho médio eu sou loiro e com olhos verdes. Meu pai é muito alto e forte, ao contrário de mim (apesar de ele dizer: "você tem apenas onze anos le!"). É como se sempre estivesse um caos dentro dele, aprendi cedo a cuidar disso, de sua eterna distração. Eficiência eu diria, mas prefiro alguma falsa modéstia, "apenas amor de filho". É claro que não posso deixar de contar sobre o Nii, meu animal de estimação, fiquei tão feliz quando me deixaram traze-lo para cá. Ele é grande e negro, quando o vi pela primeira vez, em uma viajem a Londres, pensei que ele fosse o gato mais lento do mundo, mas me surpreendeu ao conseguir escalar quase sem esforço, uma parede muito lisa, e chegar o topo de uma casa. Quando está deitado, mais parece uma bola de pelo enorme. Ele tem quase 10 quilos, apesar de parecer mais quando está meus braços. Fora isso, o que chama muita atenção são seus olhos verdes, muito intensos, assim como os meus. Isso foi a quase dois anos, e de lá para cá, tudo tem acontecido de uma maneira muito rápida. Primeiro, um gato de rua preto, começa a me seguir por todos os cantos, e ainda mais incrível, obedece aos meus comandos. Depois as coisas começaram a tremer, onde quer que eu fosse, talheres caiam, copos estouravam, e eu já estava ficando paranóicos. Eu precisava de respostas, e fui procurar meu pai. Ele sempre lera tanto quanto eu, e tivera alguns anos a mais para aprender sobre tudo.Mas tudo que ele contou parecia mentira, falou sobre como conhecera minha mãe, e que passara um semestre visitando-a em um bosque, todos os dias. Ela era de fato especial, misteriosa até para ele. Dizia apenas que o amor deles era imposições, e sempre pedia para ele ir embora antes do por do sol. Ele sempre fazia o que ela pedia. Mas houve uma ocasião em que ela não resistira, e passaram uma noite inteira juntos. Meu pai insiste em dizer que plantaram uma semente no chão e eu nasci de lá, ignorando meu conhecimento sobre biologia. Depois disso, ela sumiu. Ele passou semanas voltando ao mesmo bosque, mas acabou por desistir, sem ter tido nenhuma despedida de sua amada. Passado algum tempo, quando estava de viajem pelo local, resolveu voltar ao bosque e passar uma tarde lá, mesmo tendo perdido as esperanças de reencontra-la. Mas para sua surpresa, ela realmente estava lá, comigo em seus braços. Ele contou que eu era pequeno, com olhos muito verdes, quase brilhantes, e que ela me depositou ao chão com um beijo. Depois fundiu-se com uma árvore. Aquela altura eu estava cético quanto a isso, mas ele me mostrou uma carta deixada comigo, explicando tudo sobre o mundo mágico. É claro que eu custei a acreditar, mas ele me mostrou muitos exemplares de livros que reuniu ao longo dos anos, e me pediu para lê-los. Depois de tudo aquilo, mostrou-me a carta que veio de uma escola de magia, convidando-me para freqüentá-la. Eu tinha muito o que fazer, teria de estudar dobrado para acompanhar todos os que viviam naquele mundo mágico. Mas finalmente eu estava em uma das histórias que eu sempre lera.
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Este perfil já foi visualizado 690 vezes. Atualizado pela ultima vez em: 28/09/2012 às 00:00:03