Sobrevivemos ao fim da saga de Harry Potter. Por mais de 12 anos distribuindo Magia!!!
Situação Atual: CADASTRO NORMAL E ATIVO
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Nasci numa família comum. Minha mãe é daquelas mães super protetoras que me levava na creche quando eu era pequena, meu pai um neuro cirurgião de renome e minha mãe uma bruxa... Sim, uma bruxa. Eu achava que era tudo normal, até porque ninguém nunca tinha me falado nada até que chegou minha carta de Hogwarts. Vamos lá contar como foi que aconteceu.
Eu nasci e fui criada em Boulder, Colorado nos Estados Unidos. Uma cidadezinha tranquila, pacata, onde os pais compram minivãs em vez de Ferrari, com muito verde e um vulcão – sou apaixonada em vulcões – aonde eu ia a uma escola normal, com crianças que enfiam o dedo no nariz e depois na boca e suas mães babonas que fazem torta de maçã para os vizinhos. Minha mãe nunca estava presente, de acordo com meu pai ela tinha assuntos “importantes” pra resolver. Como se ela fosse alguma coisa importante em alguma parte do mundo. Nunca me contaram que esse mundo, era na verdade um mundo mágico. Enfim, sempre soube que eu era diferente. Não me interessava em colorir desenhos, sentia que meu cérebro era mais avançado. Mas com uma mãe super importante e um pai cirurgião você é obrigado a pensar isso desde que nasceu. Com seis anos de idade minha mãe colocou um daqueles vestidos horrorosos em mim, com muito babado e que incomodava muito para festa da igreja do dia de Ação de Graças. Acho que foi ai que minha magia se manifestou pela primeira vez. Eu entrei no carro com a cara mais emburrada que eu tinha e que com certeza irritaria minha mãe, porque quando ela estava em casa, ela tinha a obrigação de mostrar aos vizinhos que nós éramos uma família normal. Fui sentada naquela cadeirinha que deixava o vestido me arranhando mais e um laço imenso na cabeça que naquela idade eu já sabia que me deixava nos nervos, afinal de contas, sempre tive personalidade forte. Hora que chegamos à igreja fechei os olhos antes de sair do carro e decidi que para irritar mais iria com eles fechados até a hora de colocar a água benta na testa, porque Deus não me perdoaria se eu não olhasse pra ele antes do ato, e meu pensamento só emitia uma única frase “Quero estar de calças.” Meu pensamento foi tão forte que eu pensei que minha mãe tivesse escutado porque paramos abruptamente e eu pensando que já havíamos chegado abri os olhos pra olhar pra Deus e vi no lugar os olhos esbugalhados de minha mãe e meu pai pra mim. Estava me sentindo tão confortável que nem me senti na vontade de perguntar o porquê daquilo, até que minha mãe começou a me arrastar de volta ao carro. - Desculpa mamãe, eu não vou te irritar mais. – eu falei em vão, pensando que ela estava com raiva de mim. Até que sendo arrastada percebi que eu de verdade estava com calças. Nunca falamos no assunto, escutei algumas vezes meu pai discutindo assuntos com a minha mãe, sobre medicina e os sonhos que ele tinha pra mim, mais meu desenho na TV era mais importante. Até que minha carta chegou e eu então era uma pequena bruxa em ascensão. Acho que foi o dia mais feliz da minha vida... Todos os bruxos que tem família trouxa já deve ter lido alguma vez “Once upon a time...”. Onde você vê toda aquela magia, bruxas boas e más e as Brancas de Neve da vida e toda aquela magia. Eu sabia que era especial mais não a tal ponto. No dia minha mãe se sentou comigo e me contou toda a sua história. Ela era uma bruxa reconhecida, que era muito boa em poções e exportava para o mundo todo. Explicou-me que havia escolas, não só a que eu iria e que era tipo um internato - escola onde os pais trouxas mandam seus filhos pra não terem que cuidar deles – mais sem ser internato. Ela tentou da forma dela me falar que eu só viria pra casa em datas comemorativas, mais que ela estava sempre por perto e que aquele era o mundo dela e seria o meu mundo também. Me explicou que meu pai queria que eu fosse trouxa como ele, que eu seguisse a carreira de cirurgiã e tivesse grande sucesso. E me proibiu de contar qualquer coisa a qualquer amigo meu da escola, na verdade, ela nem deixou eu me despedir. Trouxas não sabem da existência dos bruxos, mais isso eu já sabia. Que egoísta, eu pensei. Me privando de um mundo totalmente novo, onde eu ia conhecer crianças como eu, onde eu poderia aprender a manusear uma varinha mágica. Meus olhos brilhavam só de pensar. Minha mãe tentou me contar algumas coisas, como era o castelo (um castelo, UAU) e que havia quatro casas a escolher e ela pertenceu a uma que chamava Ravenclaw e meus avós (foi um choque descobrir que meu avô de cabelo branco era bruxo) e ancestrais também. Senti que havia um peso em minhas costas, que ela com certeza me queria naquela. De acordo com ela era a casa dos inteligentes, que até papai ficaria feliz comigo lá. Eu duvido muito que ele estava feliz em me deixar ir embora num lugar onde havia lobos e bichos estranhos, onde ele não poderia me defender, mas tudo bem. Sou muito calma e sensata, mas tenho que confessar que fiquei noites e noites pensando no grande dia... O dia em que eu conheceria Londres e faria minhas compras pra levar a escola. Varinha mágica, livros mágicos, roupas especiais, um caldeirão e até mesmo um kit de poções... Nesse ponto eu já sabia que minha matéria preferia era poções. Minha mãe me explicou também que eu podia ter um animal de estimação e então eu vou levar Snow, minha gata. Por sorte aceitam gatos no castelo, imagina só que lugar grande, pra aceitarem animais de estimação. E ficaríamos hospedados por lá mesmo, pra no dia certo irmos pra King Cross atravessar uma muralha de pedra sem se machucar. Meu despertador tocou e eu pulei da cama com os olhos arregalados. Bati a mão no pequeno instrumento preto que ficava no meu criado mudo e deitei novamente, levantando devagar... Não queria parecer assustada pra minha mãe ou era capaz dela desistir de me mandar e concordar com meu pai que eu devia ir pra Harvard. Aninhei Snow que estava nos pés da minha cama e fui até as janelas colossais do meu quarto, onde uma cortina de seda branca com vermelho escondia o brilho fraco do sol que entrava preguiçosamente entre as folhas verdes brilhantes, com pingos ainda da chuva da noite passada. Pelo visto o dia ia ser lindo e minha viagem seria tranquila... Se Merlin permitir, porque eu descobri que Merlin existe! |
Este perfil já foi visualizado 854 vezes. Atualizado pela ultima vez em: 29/10/2012 às 14:45:04