- Garreth Eledhwen
- Mundo Mágico
|
NOME COMPLETO Garreth Eledhwen
RAÇA Humana
CLASSE Mágica
ALTURA 1,69m
PESO 64kg
OLHOS Azul Claro
CABELOS Castanho Escuro
SEXO Masculino
ORIENTAÇÃO SEXUAL Heterossexual
IDADE 18 anos
DATA DE NASCIMENTO 04/07/1998
SIGNO Câncer
NOME DO PAI Desconhecido
NOME DA MÃE Desconhecido
ORIGEM SANGUÍNEA Sangue Trouxa
LOCALIDADE Mundo Mágico
CIDADE/PAÍS Saint-Étienne/Franca
NÍVEL 8°
A infância fora-lhe roubada. O que restou? Um mundo cercado em escuridão com uma pequena fresta de luz. Uma fresta de esperança? Talvez. Nunca soube quantos dias, meses ou anos passaram-se. Perdera a inteligência para contá-los. Só continuava vivo pois enfiavam-lhe comida goela abaixo. Queria morrer, abandonar a escuridão, ir para um mundo de luz. Mas seria Deus impiedoso o suficiente para mandar ao inferno uma pessoa que nada fez além de viver na escuridão? Estava repleto de solidão. Tudo que ouvia eram paços, o som metálico estridente arranhando outro material da mesma espécie. Não sabia onde estava. Sentia a sujeira impregnada em todo seu corpo. Roupas velhas e rasgadas cujos membros não cambiam mais. Estava frouxa e apesar de não poder ver, sabia que estava encardida. Mãos e pés presos por algemas, não possuía nem mesmo a liberdade de aproveitar a escuridão que lhe fora imposta. O traseiro magro sentia o chão gelado onde ficava sentado boa parte do dia, quase perdera a capacidade de andar se não fossem alguns movimentos que realizava com frequente, sempre preso aos limites que suas correntes lhe proporcionavam. No dia que essa pequena parta de uma história dominada pelas trevas, não aviam frestas de luz. O escuro dominava tudo, e embora ouvisse os trovões soarem e a chuva açoitar o interior de sua prisão, a luz dos relâmpagos não chegavam até seus olhos, acostumados as trevas. Mas algo estava estrando. Ouvia passos apressados do lado de fora, não era comum, seus opressores sempre lhe pareceram entediados e calmos, sem pressa para qualquer coisa que fosse. Bum! Um estouro. Seria um trovão? Parecia tão próximo que podia sentir seu calor espantar o frio que dominava seu corpo. Durou ínfimos instantes, mas lembrou-se do calor, do prazer, por um minuto sentou-se confortável. Seria essa a morte dando-lhe o último prazer em vida? Os passos que apressavam-se em sua direção seriam do seu algoz, pronto para tomar-lhe o pequeno sopro de vida que ainda o mantinha preso ao seu corpo? - Garreth? – uma voz feminina. Quanto tempo havia que não ouvia uma voz delicada? Não respondeu nada. Apenas tentou abraçar os próprios joelhos. Estava com medo. O que fariam com ele? – Garreth, é você? - Vamos logo. Eles estão vindo, t... – dessa vez era uma voz masculina. Tudo estava confuso. O que estava acontecendo? Parecia ser um jovem, sentiu sua presença aproximando-se, parecia estar observando-o com cautela. - Não me chama de tia. – A voz saíra exaltada. Avançou em direção a Garreth. Houve um estampido e ele estava livre de suas correntes. Apalpou os punhos e tornozelos, mal podendo senti-los. Apoiou-se na parede e postou-se em pé. Um novo estampido e o metal frio que lhe cobria o rosto despencou, caindo ruidosamente em frente aos seus pés. Seus olhos estavam irritados, mas manteve-os abertos, fixando a jovem mulher de cabelos castanhos e olhos claros, coberta por um capuz negro e seu ajudante, não muito alto e loiro, com o capuz baixo, que sorriu e acenou para Garreth. – Pobrezinho. Não vai conseguir correr. Aparatar com ele vai ser arriscado, Eduard. Peque ele no colo e vamos. - Estamos cercados. – Os passos vinham de todas as direções, o jovem acenou para a porta que bateu atrás de si, ruidosamente fechando-se com estampidos metálicos. – Vamos usar uma rota diferente. Bombarda. O som da explosão pareceu perfurar seus tímpanos. Não estava acostumado com qualquer som mais alto do que o passo de seus opressores. A mulher cobriu-lhe com algo que cortou um pouco do frio que seu magro e frágil corpo. Agora que conseguia olhar para seus próprios braços pensou que sua aparência devia ser a mais próxima de um esqueleto que um corpo humano poderia chegar. Sentiu seus cabelos despencarem por seus ombros, estavam compridos e sujos. Não teve tempo de olhar para mais nada ao seu redor. Eduard, com Garreth em seus braços pulou, seguido pela mulher. Tudo que viu foi uma parede negra e segundos depois estava com náuseas, virando para o lado e vomitando. Estavam em frente a um portão negro em forma de lanças e atrás uma enorme casa de madeira, que pareceu-lhe estranhamente familiar. - Desculpe garoto. Não tive escolha. Precisei aparatar para sairmos vivos de lá. Mas você está seguro agora. – Levaram-no para dentro. Estava assustado, mas pouco a pouco seu corpo preenchia-se com calor. Alimentaram-no com comida boa, um gosto que não sentia há anos, sentiu o prazer tomar conta de todo seu corpo. Deixaram-no dormir em um quarto aquecido, com cama macia e aconchegante. Não sabia quem eram seus salvadores, mas estava livre e era grato por isso.
|