Dados Básicos do Fórum:

Na Zonko's não citamos nenhum dos personagens dos livros ou filmes. Vivemos no mundo mágico, mas nem Harry Potter, Voldemort, Dumbledore, Comensais da Morte e etc. existiram em nosso mundo, com isso você não pode usar nenhum sobrenome dos personagens dos filmes ou livros. O fórum encontra-se nos dias atuais, no ano de 2013 d.c. e as condições climáticas variam de dia para dia e de tópico para tópico, conforme você poderá observar. O nosso período letivo dura oito meses contando com as férias. Nossos adultos recebem por dia de presença e seus tópicos em ON lhe renderão pontos e goldens (nossa moeda). Você nunca poderá interpretar a ação de outro personagem (salvo com autorização), mas poderá interpretar livremente o seu personagem (seja sempre coerente), lembrando que toda ação possui uma reação. A capital do Mundo mágico está localizada em Vaduz, Liechtenstein.

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Inglaterra Áyida Bernhard [ 15387 ]

Situação Atual: CADASTRO NORMAL E ATIVO

  • Áyida Bernhard
  • Mundo Mágico
  • Mundo Mágico

  • NOME COMPLETO

    Abigail Trinity Maddison Bernhard

  • RAÇA

    Vampiro

  • CLASSE

    Não-Mágica

  • ALTURA

    1,64m

  • PESO

    50kg

  • OLHOS

    Vermelho Intenso

  • CABELOS

    Preto Escuro

  • SEXO

    Feminino

  • ORIENTAÇÃO SEXUAL

    Bissexual

  • IDADE

    23 anos

  • DATA DE NASCIMENTO

    13/06/1988

  • SIGNO

    Gêmeos

  • NOME DO PAI

    Desconhecido

  • NOME DA MÃE

    Desconhecido

  • ORIGEM SANGUÍNEA

    Sangue Puro

  • LOCALIDADE

    Mundo Mágico

  • CIDADE/PAÍS

    Londres/Inglaterra

  • RELACIONAMENTO

    Solteiro

  • NÍVEL


    [...]

     A Europa não era como hoje a conhecemos. A divisão política era diferente. Onde estamos, por exemplo, fazia parte do Império Romano, e este, por sua vez, era grandioso de extensão e poder. Contudo, não viemos conversar sobre geografia ou história. – Tomou uma pausa e limpou a garganta. – Eu morava na capital Roma, uma cidade maravilha, cheia de grandes construções e personalidades, como deve saber. Atendia clientes na taberna de meu pai, um pequeno empreendedor cujo nome me escapa a mente. Nunca gostei do velho, para ser sincera. Minha mãe... Dela eu nunca soube, muito menos tive vontade de saber. Cresci com bêbados, estupradores, bandidos e perdidos, pessoas das piores estirpes. Logo você pode imaginar que com doze eu já não era mais uma donzela.

    “Então, quando ele surgiu, ungindo de luxo e riqueza, tão galante como um imperador ou príncipe, eu tinha receio. Acho que foi isso o que o conquistou. Fui comprada, levada daquele furdúncio que era a cervejaria, e levada com ele para a Germania. Lá ele me alimentou, me criou e me ensinou o que era ser uma senhora. Tratou-me como uma cria perdida e amamentou-me até que seu leite secasse, exatamente como uma leoa faz com seus pequenos. Apaixonei-me tão facilmente quanto a senhorita, talvez, haveria de fazer. Culpo-me todos os dias por não saber o que ele era, pois só o via quando o Sol se punha e perdia-o quando ele ameaçava nascer. Quando perguntei-o os motivos que o faziam fugir da minha presença, tudo o que ele dizia é que segredos tinham um preço caro. Era amargo, confesso, mas quando já tinha meus dezoito confesso que preferi assim. Entretanto, a verdade pôs-se em minha frente exatamente como eu não queria que acontecesse.

    Ele me levou até seu ninho, guiou-me pelas vielas da pequena tribo germânica existente pelos arredores de sua construção magnífica, da qual eu nunca havia saído, e mostrou-me um reduto onde mantinha seus alimentos. A senhorita não acharia que eu, sendo tão eu, não haveria de notar que os jantares não tinham sua presença, certo? Errado. Ele partilhava de sua comida e bebida comido, ensinava-me a apreciar o vinho doce vindo do Sul e do Leste, mostrava-me os encantos gastronômicos escondidos nos quatro cantos do Primeiro Mundo – sendo que esses somente seu ouro pagaria. Também poderia me perguntar, é claro, se eu não desconfiava de sua fortuna. “De onde vem tanto ouro, meu senhor?”, eu perguntei-o certa noite. Ele respondeu-me “Daqueles que duvidam de mim, doce criança.” Entendi, então, que era um cientista, daqueles massacrados com a Guerra Santa posteriormente.”


    "De qualquer forma, voltando ao reduto de foras da lei. Ele mantinha, ali, pessoas que haviam feito mau a alguém – ou pelo menos era o que ele me dizia – e ressaltou que mortos não estavam. “O sangue pulsa em suas veias, criança, e é deste que me alimento”. Aquelas foram suas palavras antes de soltar minha mão, apanhar um desses e cravar seus caninos no pescoço. O cheiro de morte era tão... forte. Tal como desses sangues que você mantém expostos em sua mesa, senhorita. Apresentou-me um lado diferente de ver aquele horror; lavou meu cérebro, pois sabia que eu estava vazia quando me conheceu, e utilizou disso para alimentar um amor tão intenso que já não poderia ser extraído. Um amor que você nutre por um deus. Ele era meu Tiwaz na Germania, onde vivemos por tanto tempo; meu Zeus, na Grécia, quando me levou consigo; meu Deus, quando regressamos a Roma, muitos anos depois. Ele era meu tudo e o meu nada; meu extremo; ele era aquilo que me manteria em pé e me guardaria de todo mau. Naquela noite, quando bebeu do sangue do maldito que havia corrompido a vida de uma pequena criança de oito anos, ele convidou-me para partilhar o sangue da imortalidade. Não hesitei em aceitar, confesso, mas quando o fiz, ele me disse que teríamos de nos preparar.

    “Foram longos anos de treinamento para que ele e de espera para mim. Somente quando tive 23 anos, foi quando ele pôs a prova meu amor por ele. A transformação foi dolorosa. Ocorreu no seu quarto, em sua cama vestida de cetim, exatamente no lugar onde ele havia me levado. Fizemos amor como humanos. Tocamos o corpo um do outro como humanos. Quando olhei em seus olhos e vi um brilho igual ao meu marejar o rubro de suas retinas, exatamente quando ele chegou ao ápice da paixão dentro de mim, eu soube que éramos iguais. Amávamo-nos como jamais algum outro casal haveria de fazer. A sensação da sua pele fria em contato com a minha, a nudez exposta por ambos, o toque dos lábios. Senti amor, naquele dia, como jamais fiz com alguém antes. Senti amor na boca, senhorita Bloom. Seria isso possível? Você sentir o gosto de um sentimento em seus lábios?! Era doce, suave; ardia como pimenta, mas acariciava sua língua como mel.Aquele era o gosto do seu beijo, e este, por sua vez, tinha gosto do sangue do primeiro homem que havia invadido minha intimidade quando eu fiz 10 anos de idade.

    Irônico, não? Quando soube, notei que ele havia provado seu amor por mim em ter caçado e investigado o paradeiro do pervertido bêbado que me privou de minha inocência. Entenda que, até então, eu não estava transformada. A noite havia caído há uma hora já, e eu já estava deitada em seus braços fortes e frios. Ele me segredou aquilo no pé do ouvido. Ainda posso sentir o calafrio percorrer a espinha. Dei um salto para longe pois pensei que era vinho, mas não era. Posteriormente, ainda nus, fomos até uma câmara escondida em seu quarto e eu vi o homem deitado ao chão, ainda vivo, e desnorteado. Não me reconheceu quando me viu, mas eu sabia quem ele era. Feições gordas, sorriso irônico de dentes podres, corpo macilento e pesado. Estava caído como um saco de batatas. E eu gostei.

    Então ele investiu contra o meu pescoço com gentileza e extraiu de mim o sangue, sugando até que eu ficasse mole e quase inconsciente. Tomou-me pelos braços e deixou que eu tomasse do seu, mais forte do que uísque, mais potente que eletricidade – só saberia comparar depois, é claro. Percorreu meu corpo e esfriou meus órgãos. Correu minha garganta, estômago, rins. Parecia queimar conforme andava meu organismo. Eu vi a vida se esvair. Senti-a deixar-me, abandonar-me. Só depois acordei com meus próprios gritos, debatendo-me em seus braços como um peixe fora d'água.

    Naquele mesmo dia eu tinha fome. Matei e dilacerei o gordo que havia me estuprado, e mais outros dois ou três depois dele. Ele havia me permitido isso, o meu amor. Disse-me, porém, que eu teria que controlar minha fome, apurar meus extintos e, acima de tudo, me controlar. Só que ele não previu que seria difícil. Mesmo com tanto treinamento e tanto dito, era difícil me controlar. Cada minuto passado, mais fome sentia. Cada lugar que ia, sentia desejos. Ele me trancou por alguns anos em um lugar qualquer perto de montanhas e me retirou quando julgou necessário. Só que ele já estava aborrecido. Eu não era mais o que ele queria que eu fosse, então me descartou. Seus olhos não brilhavam com a mesma intensidade. “Eu te amava mais quando era humana, criança”, ele disse quando me deixou em uma floresta qualquer “E agora você já não o é mais.” Deixou-me desnorteada, sem saber para onde ir. Deixou-me só com o meu amor e minha doença”




Este perfil já foi visualizado 3.410 vezes. Atualizado pela ultima vez em: 10/03/2024 às 23:36:38