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Islandia Robert Aingremont [ 16166 ]

Situação Atual: CADASTRO NORMAL E ATIVO

  • Robert Aingremont
  • Mundo Mágico
  • Mundo Mágico

  • NOME COMPLETO

    Robert Aingremont

  • RAÇA

    Humana

  • CLASSE

    Mágica

  • ALTURA

    1,85m

  • PESO

    74kg

  • OLHOS

    Azul Claro

  • CABELOS

    Loiro Claro

  • SEXO

    Masculino

  • ORIENTAÇÃO SEXUAL

    Heterossexual

  • IDADE

    40 anos

  • DATA DE NASCIMENTO

    19/01/1980

  • SIGNO

    Capricórnio

  • NOME DO PAI

    Hong Yoon-ngan

  • NOME DA MÃE

    Jian Yoon-ngan

  • ORIGEM SANGUÍNEA

    Mestiço

  • LOCALIDADE

    Mundo Mágico

  • CIDADE/PAÍS

    Selfoss/Islândia

  • RELACIONAMENTO

    Casado (a)

  • NÍVEL

RESPEITÁVEL PÚBLICO, HOJE, COM VOCÊS, LHES APRESENTO A MAIS ADORÁVEL, A SENSACIONAL E ELEGANTE, A ACROBATA DO MELHOR CIRCO DE TODOS OS TEMPOS.... MAAAAAAAAAALAAAAAAKI! Não se intimidem quando verem essa jovem trapezista voando por aí! De passado ignorado e sofrido, Malaki possui energia o suficiente para fazer andar todo o circo, e maneiras tão únicas quanto seu sorriso. 

Laki, como costuma ser chamada a menina de nome tão desconhecido, não é o tipo de pessoa que se conhece na esquina. Nascida numa respeitável família islandesa, de pai africano e mãe europeia, Malaki tinha tudo esperado a uma criança feliz durante seus primeiros anos de vida. Os pais a amavam e reconheciam com naturalidade a beleza e alegria de sua garotinha. Davam-na tudo que precisavam e tudo que queriam, sempre contentes com suas boas maneiras, ainda que, na maioria das vezes, o gasto de energia da pequena fosse muito grande para qualquer pessoa conter. Aos três anos todos já sabiam que ela era um tanto hiperativa, e aos quatro estava claro que tinha uma veia para o lado artístico. Aos cinco, contudo, quanto todos pensavam que formavam uma família muito feliz, tudo mudou: no episódio em que, ao tentar prender-se em fitas no teto, ela caiu... apenas para pairar no ar, num brilhante ato de magia impensada, e seguir segura até o piso.

Médicos, psicólogos, empregadas, todos chamados e todos mandados embora no curto espaço de alguns dias. Ninguém sabia explicar o que aconteceu, e ninguém esperava que a magia se repetisse, em diversos acidentes nas semanas seguintes. O medo cresceu entre os poucos parentes que sabiam do que acontecia, e a garotinha seguia feliz, vivendo sua vida sem se importar com as coisas estranhas que ela fazia.... até que foi presa pela primeira vez, gritaram-na consigo como se fosse maluca, e então as vezes em que os pais choravam, e também quando o pai, num ato de raiva, machucou-a muito além do que o esperado com o cinto. As marcas eram constantes e a magia voltava como uma forma de proteção, apenas piorando não a preocupação dos pais, mas o medo, o nervoso, a sensação de que tudo aquilo não passava de um grande desaforo. E assim ela passou de uma criancinha alegre para alguém fechada, cuja curiosidade já não era tão inocente; ela não entendia porque faziam isso. E chorava. 

Quando já faziam vários meses desde que o pesadelo começou, teve-se notícia de que um circo estava vindo. Circo nascido ali mesmo, na Islândia, e finalmente voltado para a área rural de sua origem. O circo era enorme, cheio de apresentações fantásticas, e Malaki ouviu os pais discutirem se ela deveria ou não ir - decisão essa nada surpreendente: não. Mas Malaki era uma menina esperta e foi mesmo assim, fugindo pela primeira vez na vida; descobriu-se encantada com a liberdade, ainda que, aos cinco anos, não entendesse direito o que ela significava. Tudo que sabia era que podia assistir ao circo sem a terrível presença dos pais. Portanto o fez, e encantou-se! Com tudo! Tudo nos olhos dela parecia mágica, era maravilhoso, e ela amou tanto... não conseguia desviar o olhar. Tanto não conseguia que foi se aproximando do palco, mais de uma vez interagiram consigo - destacava-se nas multidões, afinal, com os traços negros e o cabelo descuidado, espetado para cima -, e também não percebeu quando o pai chegou por trás.

Naquela noite, ela apanhou como nunca tinha sentido a mão e o cinto. Seu rosto ficou marcado, assim como diversos outros pontos sensíveis, e chorou; chorou de raiva, de tristeza, chorou porque não entendia... não compreendia por que eles faziam isso. No dia seguinte só fugiu por medo, quando, magicamente, uma janela se abriu, bem quando se imaginou livre. E seguiu cega até o mesmo lugar de antes, percebendo as pessoas preparando uma nova apresentação (ou talvez arrumassem tudo, machucada e chorando ficava difícil prestar atenção). Tudo que sabia é que logo a perceberam, e perceberam também os ferimentos; tentaram conversar consigo... e ela contou. Contou porque eles pareciam amáveis e sabiam fazer coisas tão incríveis que só podiam ser mágicos, e ela confiava em mágicos. Confiava em coisas belas e na felicidade que sentiu enquanto eles se apresentavam. Contou tanto que chorou na mesma medida, sem ligar que outras crianças pudessem escutar; confiava principalmente no moço que se apresentou, o mesmo que viu abrindo o show no dia anterior.

Ainda naquele dia, fugiram. É claro que ela não compreendia a rapidez e preocupação com a qual trabalhavam, mas foi também alimentada, e deixaram-na tomar um bom banho, do tipo que ela raramente tinha - os pais tinham medo que, com o poder que apresentava, ela pudesse inundar a casa -, além de cuidarem de seus machucados. Doeu, mas a moça que fez isso tinha um olhar tão amável, e era a primeira vez que faziam isso, então deixou. Chorou um pouco toda vez que ardia, mas tentava se manter calada, ainda mais quando limparam seu rosto. Os olhos, de um mel escurecido, pela primeira vez em muito tempo ganharam brilho. Ainda não conseguia sorrir, e não falava muito, preferindo observar, mas percebeu sentir-se em casa ali. Por alguma razão, não foi medo que sentiu quando eles foram embora... teve dificuldade, sentiu, às vezes chorava com saudades da mãe, mas então pensava em tudo que aconteceu e em como, pouco a pouco, aprendia a ser feliz ali. No meio daquelas pessoas tão felizes e que faziam tanta magia. 

Com o tempo ela foi se acostumando. Só no terceiro dia a pegaram mexendo nas fitas, aquela mesmas que a levaram ao primeiro episódio de violência psicológica e física. Dessa vez, contudo, ninguém brigou. Mesmo assim não mexeu mais, assustada, e passou semanas observando, lentamente se aproximando das crianças; a maioria parecia feliz em falar consigo, e ela respondia até, às vezes até sorria. Malaki gostava particularmente, dentre crianças e adultos, da cozinheira, sempre com um sorriso gentil e a comida mais gostosa que ela conhecia, até quando não deveria ser tão gostosa assim. Detalhes à parte, com o tempo foi se abrindo: um dia, reuniu coragem para brincar com as fitas, assim como um bambolê que elas prendiam. O susto veio quando voou, quase literalmente, mas a risada surgiu ao, por sorte, cair numa espécie de pula-pula. Foi a primeira vez que riu ali, e também o primeiro dia que não teve mais pesadelos com os pais, nem chorou com vontade de voltar. Naquele dia ela percebeu o quanto gostava do circo e o quanto eles a faziam feliz; até quando ouviu um leve sermão por mexer nas coisas sozinha, mas que não era de todo ruim.

Malaki cresceu, como qualquer criança deveria. Os machucados foram sumindo, o cabelo alongou-se, ainda que sempre com cachos, e o olhar mantinha-se alerta, vivo. Agora sorria com muito mais frequência, aprendeu que rir era muito gostoso e, com um pouquinho de sorte, foi se aproximando de todos. Até mesmo frequentava a escola! Bom, uma escola deles, mas ainda assim aprendia. E aprendia também o que ensinavam as outras crianças, que era o trabalho do circo. Até ajudava nas tarefas... ela não se importava, porque podia conversar com os novos amigos, e brincar com eles, e quando liberados era sempre divertido. Mais importante, além da aproximação com os adultos, viu-se muita amiga de duas crianças: os filhos do dono. Logo eles, que a mais velha, Thera, ela via como uma espécie de irmã, e o mais novo não era nada assustador, na verdade ela gostava muito da companhia. Juntando tudo isso, pouco a pouco revelava sua verdadeira personalidade: os sorrisos frequentes, a curiosidade invencível e, principalmente, a facilidade em ser feliz. Encontrava felicidade nas pequenas coisas, nos pequenos ganhos, e tudo era comemorado; também não dormia tanto quanto as outras crianças, mas isso era só um detalhe.

Os acidentes? Continuaram. E eles explicaram, é claro. Explicaram que existia um tipo de magia, que ela era abençoada por ter essa magia, e que não deveria se envergonhar ou temê-la nem um único dia de sua vida. Portanto, não se envergonhava, nem temeu mais. Ao ver-se num ambiente seguro os acidentes diminuíram, e na maioria das vezes em que acontecia era algo bom, que deixava os outros felizes. Ela gostava disso quase tanto quanto gostava de rir. O circo por fim tornou-se sua família.. sua verdadeira família, de coração, por todos os adultos e crianças, e no papel. Um casal de chineses, que trabalhavam no backstage, a adotou. Foi uma aproximação conflituosa de início, afinal, no começo ela estava mesmo muito fechada e com medo, mas quando descobriu-se ela percebeu a facilidade com a qual interagia com eles. Portanto tornaram-se seus pais, Hong e Jian. Eles não eram nada assustadores, só quando ela passava tempo demais fora da cama!

Aos onze anos, viu-se em Hogwarts, na casa da Grifinória. Estava lá com Thera e Berg, os filhos do dono, assim como algumas outras crianças sortudas. Foram anos dourados, mesmo quando Thera teve de sair, e ela amou cada minuto gasto em Hogwarts - é claro que ajudava que Berg fosse do mesmo ano, ainda que da Lufa-Lufa. Divertia-se demais ali, aprendendo sobre magia, compreendendo mais do mundo, apesar de sentir muita saudades do circo. Também passava muito tempo na sala-precisa, local que conheceu por conta da Thera, e justamente onde treinava para, um dia, se tornar uma brilhante trapezista. Tudo porque o treino básico iniciou-se desde pequenina, e no fim das contas ela logo viu que tinha talento para acrobacias. Com o passar dos anos, sua personalidade alegre e cheia de vida ficou em destaque, e ela aprendia cada vez mais sobre o mundo, explorando, por vezes se pondo em risco, sempre querendo conhecer novas coisas, novas pessoas. Até deu uns sustos em Berg mais de uma vez, de tantas coisas doidas; no fim do dia, contudo, ela estava feliz com o tempo de treino, os livros de magia, os conselhos da Thera e os sorrisos do amigo (e que sorriso!). 

Tornou-se uma adulta belíssima, cuja elegância no palco era inspiradora, e o talento capaz de fazer chorar um ser desavisado que nunca ou pouco tinha visto de seu tipo de trabalho. Amava seu trabalho porque não o via como um, treinava intensa e extensamente, sempre, todo santo dia; se orgulhava disso. Por vezes levava o treino aos limites, e por isso era repreendida principalmente por Berg, que bem sabia dessa sua vontade não de se destacar, mas de ser perfeita. Ela queria ser perfeita porque, com a perfeição, nunca seria repreendida e nunca a mandariam embora dali. Mas esse era um medo muito oculto, e que preferia não pensar sobre; ao invés disso, só treinava e se divertia, muito feliz com o circo, as apresentações, as crianças e os amigos... tudo era mesmo incrível.

As coisas só ficavam ainda melhores quando Thera estava presente, afinal as meninas tornaram-se praticamente irmãs com os anos, ou quando podia aproveitar de um jantar quentinho com a família. E quando Berg estava por perto, então, ela só não se transformava em outra pessoa porque gostava demais de si; mas era bem verdade que se produzia um pouco mais para o amigo... que deixou de ser seu amigo aos dezenove anos, em um dos dias mais felizes de sua vida.

Então, é isso, respeitável público, senhoras e senhores e aquela madame que sempre faz barulho roncando! Temos aqui uma moça corajosa, orgulhosa e ousada, capaz de ir ao fim do mundo para colocar um sorriso na face de alguém, mas cuja capacidade de sorrir ela própria, e de rir, era maior do que a maioria. E ela amava a vida, independente de quantas pedras surgissem no caminho. Porque, no circo, não há tempo para coisas tristes.

E Malaki nunca teve o menor interesse por coisas que não pudessem deixá-la feliz.



Este perfil já foi visualizado 2.594 vezes. Atualizado pela ultima vez em: 13/11/2021 às 21:30:38