Criada no extremo de uma pobreza fatigada em fatos tristes quaisquer, sem pai ou mãe que se fossem passíveis de referência em vida. Apenas uma ninguém em meio ao além, de sonhos quaisquer e angústias próprias. Da fome ao luxo, foi a trajetória de Hannah que revolucionou sua vida com escritos e pesquisa mágica. Do nada ao reconhecimento de um grande trabalho e a consolidação de um nome de peso dentre o mundo mágico.



Uma velha que ascendeu socialmente através da força do seu trabalho intelectual, com grandes histórias e um humor passível de sábio por sua vontade de aprender e ensinar outros tantos a chegarem onde ela chegou. Uma pesquisadora, docente, pensadora do mundo mágico e com grande nome por suas dotações magicamente históricas.



Escritora dos livros "O trouxa deixando de ser trouxa", "As limitações do ensino mágico", "Um pensamento, uma ambição", "Pesquisa em Feitiços/Magia/Maldições (7 edições cada) e atualmente escrevendo a coletânea "O futuro da magia e a magia do futuro". Hannah sempre fora uma garota de luta que se tornou senhora de respeito através da sua glória na escrita e no seu pensamento revolucionário que não condiziam com sua idade. Mostrou-se desde pequena, quando passava fome, seus questionamentos e amarguras com a realidade, pelo qual delineava seus sonhos e dores através do diário “Fome de magia” que hoje já contempla cerca de mil páginas, aproximadamente dito por ela, pois nem a mesma lembra quantas páginas tem. Entretanto, sabe exatamente todas as histórias e linhas que escreveu na vida.



Hannah Helena, só se sabia isso de seu nome ao longo dos seus dez primeiros anos de vida. Após isso, foi então descobrindo o mundo mágico até que um dia conseguiu, magicamente e de modo surreal, aparatar na porta de uma família de bruxos de sangue-puro, mas pouco conhecidos. Helena foi adotada e o nome acrescido de Van Kerckhoven, ainda pouco conhecido, mas quando remetida a primeira vez para a escola e ouvindo os ensinamentos daquela família que lhe abrigou e lhe deu um nome, pôde então dizer que a mudança havia de começado. Hannah não era tratada como uma filha nem por Henrer (senhor da família) ou Elisa (senhora), pois eles gostavam de deixar às claras sua origem ao invés de mascará-las, dizendo que a vida era constituída de tantos e quaisquer momentos e por isso estava ela ali, uma membro da família, sem ser filha, neta, ou coisa do gênero. Eles diziam: Somos família, isso já basta.



“Nunca e em razão nenhuma tenha vergonha ou minta o que se foi, porque o que passou é a razão da essência do que se é e o próprio ser que se deixou ser. Escolha sempre você, questione a sua vida e se lembre de suas memórias. O teu melhor está na tua história. Obrigado, Hannah. Nossa filha.” – Por Henrer e Elisa – foi as últimas palavras que leu num pedaço de papel alocados dentre o seu exemplar de rascunho de “O trouxa deixando de ser trouxa”, quando seus pais foram perseguidos e mortos por abrigarem uma Trouxa e ela ter de fugir e deixar o último ano de Hogwarts e da casa Corvinal naqueles tempos sombrios de caça aos trouxas. Voltando apenas dez anos depois de um profundo e longo exílio.