Sobrevivemos ao fim da saga de Harry Potter. Por mais de 12 anos distribuindo Magia!!!
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Eu poderia me estender por linhas e linhas, a fim de dissertar sobre minha família, a importância que ela possui, os escândalos midiáticos, os inúmeros segredos que permeiam nossas vidas – sendo uma delas a magia que corre em nosso sangue – dentre outras peculiaridades que cercam a Casa Windsor a qual pertenço e que, oficialmente, carrego no sobrenome. Seria até mesmo divertido fazê-lo, visto a imagem que esta tão nobre família possui dentro da mídia trouxa, contudo, reterei este impulso e limitarei os detalhes aqui escritos à minha pessoa e apenas a ela – o que significa, naturalmente, que toda a pompa aqui apresentada será também amenizada. Meu nome: Anne Beatrice Elizabeth Mary. Minha importância: ser a sétima na sucessão do trono britânico. O grau de relevância desta importância para o mundo: por experiência, alguma. O grau de relevância desta importância para mim: nenhuma, além das pessoas que carrego e da possibilidade de poder ajudar alguns indivíduos – afinal, por favor, não estamos falando da sétima posição na fila do teatro, mas na sucessão de uma coroa (o que envolve, caso alguém não saiba, o prazo de vida de todos os indivíduos anteriores). O que é relevante para mim: a vida que, apesar de todas as tramas nobres, eu consigo levar dentro e fora do universo mágico. Tendo estes pontos esclarecidos, como antes dito, sim, sou uma bruxa. Tardei a demonstrar meus poderes, o que trouxe dúvida entre a família de minha capacidade, mas quando o fiz, aos sete anos devido à separação de meus pais, foi, literalmente, um estouro – de um dos lustres de minha residência, sendo mais específica. À parte deste pequeno episódio familiar e da irrelevante divisão que isto causou, minha vida foi deveras “normal”, considerando-se a pompa e cuidado que a nobreza oferece, somada à vida de aparências e falsidades. Uma parte que muito me incomoda, admito, mas que posso me considerar sortuda por ver quebrada pela minha amizade sincera, próxima e de longa data com Noëlla da Bélgica e Kalet de Mônaco. Devido às formalidades da família, convivo com ambos desde os quatro anos e por sermos da mesma idade, a proximidade foi inevitável. A intimidade e confiança mútua, contudo, apenas surgiu após a morte do pai de Kalet que, apesar de um acontecimento terrível por si só, trouxe consigo a oportunidade para que, após dias juntos, estreitássemos nossos laços, tornando-nos amigos inseparáveis que, mesmo com a distância, nunca deixavam de se comunicar – e pobre das corujas reais. Lembro-me com diversão o quanto me revoltei por, devido à tradição, não poder ir para Beauxbatons junto dos dois e o quanto Hogwarts e a Grifinória pareciam sem graça em meu primeiro ano. Naturalmente que sendo eu dona de um espírito, digamos, indomável – para não dizer impossível –, consegui levar isso passada a primeira animosidade, aproveitando cada ano enquanto desbrava a vida em Hogwarts junto de colegas dos mais variados. Nos estudos, devido a um leve problema de dislexia, a princípio não me saia tão bem, especialmente na execução de feitiços. No entanto, com o incentivo de meus melhores amigos e um pouco de força de vontade, sobrepujei este revés, a ponto de, no sétimo ano, ser até mesmo escolhida como monitora-chefe – o que até hoje imagino ser um ato de insanidade pelo diretor da época, visto que de exemplar existiam apenas minhas notas – e finalizar Hogwarts com os louvores necessários para seguir qualquer carreira. Após isto, optei por me dedicar aos conhecimentos trouxas, à vida dos “comuns” e o desbravar do mundo vasto e aproveitável que me cercava. Então, prestes a completar vinte sete anos, em parte por influência familiar, vejo-me puxada de volta ao mundo mágico, a fim de também tentar ganhar algum reconhecimento neste universo que, apesar de familiar, tem tantos mistérios a serem explorados e tantas possibilidades para diversão, seja para mim mesma, seja para mim mesma com relação a outrem. Afinal, como bem me ensinou um brasileiro que certa vez tive a oportunidade de conhecer, “the zueira never ends”. |
Este perfil já foi visualizado 12.012 vezes. Atualizado pela ultima vez em: 27/10/2023 às 16:04:22