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Belgica Harvey Anna Lothringen [ 16493 ]

Situação Atual: CADASTRO NORMAL E ATIVO

  • Harvey Anna Lothringen
  • Special Mundo Mágico

  • Special Mundo Mágico

  • NOME COMPLETO

    Harvey Anna Martine Pilar Saxe-Coburg Gotha Habsburg-Lothringen

  • RAÇA

    Humana

  • CLASSE

    Mágica

  • ALTURA

    1,78m

  • PESO

    67kg

  • OLHOS

    Azul Claro

  • CABELOS

    Loiro Intenso

  • SEXO

    Feminino

  • ORIENTAÇÃO SEXUAL

    Homossexual

  • IDADE

    22 anos

  • DATA DE NASCIMENTO

    11/10/1997

  • SIGNO

    Libra

  • NOME DO PAI

    Lorenz Otto Carl Amadeus Thadeus Maria Pius Andreas Marcus D'aviano

  • NOME DA MÃE

    Astrid Joséphine-charlotte Fabrizia Elisabeth Paola Marie

  • ORIGEM SANGUÍNEA

    Sangue Puro

  • LOCALIDADE

    Mundo Mágico

  • CIDADE/PAÍS

    Brussels/Belgica

  • RELACIONAMENTO

    Em um relacionamento

  • NÍVEL

O dia 11 de Outubro foi celebrado não com a correria das criadas e o trabalho braçal de alguns homens, muito menos com reuniões ou grande jantares da família real. Para a população mundial, não foi apenas mais um dia em suas rotinas. Aquele dia foi celebrado com uma multidão ao redor do castelo e fotógrafos em tudo que era canto. Por um minuto, o mundo parou. Tudo isso por minha causa; eu, Harvey Anna Martine Pilar.

Não que as torres de pedra oferecessem muita coisa aos diversos paparazzis. Não era possível ouvir o choro de uma criança vindo ao mundo, nem os poucos gritos que minha mãe emitia ao dar a luz - a maioria deles pelo esforço, já que as poções mágicas cumpriam muito bem sua tarefa de acabar com qualquer tipo de dor -, muito menos a agitação das poucas pessoas autorizadas a estar perto naquele momento precioso, ansiosas para saber qual seria meu nome. Mesmo assim, do alto de uma pequena torre, sei que eu os enxerguei. Não só a população da Bélgica, como também as casas que se enfileiravam formando o que parecia outros castelos e um céu azul muito convidativo.

Desde o dia em que nasci, quis ser livre.

Mas isso, claro, nunca foi possível. Não por um bom tempo. Não me entendam mal, minha infância não foi ruim. Nos meus primeiros três anos de vida, cada minuto de meu dia era preenchido com mais atenção do que qualquer criança deveria receber. Aprendi a falar, andar, sentar, correr e pular cedo demais, portanto qualquer esperança de calmaria vindo da quarta criança de Astrid e Lorenz dissipou-se com rapidez.

Aos quatro anos, descobri que era possível desviar um pouco a atenção, fosse apontando para um passarinho e me escondendo, para então correr, fosse alegando precisar de alguma coisa bem longe de onde eu estava. Pouco ou nada me lembro, todavia papai me contava dos muitos minutos - quanto mais eu crescia, mas tempo se tornava, até se transformar em horas - que eu passava sumida, com guardas e pessoas de confiança procurando-me por toda extensão dos muros que me cercavam, mesmo que estes traspassassem florestas, rios e lagos.

Não posso contar o que fazia, exatamente por não me lembrar, mas sei que estava explorando. Descobrindo cada cantinho e cada detalhe de tudo que meus sentidos pudessem captar, tentando entender o que acontecia a minha volta e pensando numa maneira de expandir ainda mais meu universo rico e limitado. Paredes nuas não me desanimavam e os quadros e portinholas mais pareciam passagens secretas. Não importava, eu descobriria o que até mesmo a mesa mais inocente poderia representar em minha vida curta.

Assim, aos sete anos, fugi. Veja bem, naquela época eu já estava crescida o suficiente para saber o que era certo e o que era errado. Aos quatro anos, minhas aulas de leitura e escrita começaram; aos cinco, veio a etiqueta. Quando fiz seis, sabia mais do que queria sobre os assuntos mais entediantes do mundo e aos sete eu já era uma delinquente mirim. Não fazia o mal, não faria com palavras rudes, nem mesmo atormentava diretamente as almas dos pobres serviçais, contudo nunca parei em minha busca por liberdade.

Achei minha primeira passagem secreta para fora do castelo. Aos doze anos, numa aula de história, descobriria que ela era usada para fuga durante a primeira - ou era a segunda? - guerra mundial. Naquele dia, não conheci muita coisa. Fui esperta e voltei antes que me percebessem. Concentrei-me o ano inteiro nas lições que minha mãe pedia, não me rebelando e passando a me comportar de forma comportada. Apenas Noëlla, minha irmã mais velha, sabia no que estava pensando. Estava planejando minha primeira real fuga.

Consistia, basicamente, em dar um jeito de mudar a aparência e passar algum tempo fora. Nada demais, nada perigoso, ou era isso que minha mente infantil pensava. E, com cabelo roxo, roupas rasgadas com algumas tesouras velhas e um sotaque diferenciado - além de orgulhosos oito anos de vida , saí nas ruas pelo que poderia ser a primeira vez. Não usei magia, mesmo que já tivesse aprendido em demasiado na teoria, portanto eles não puderam me achar e, depois de três dias, voltei; Não me importava se era uma aflição a mais para a família. Noëlla sabia que estava bem e meu pai e minha outra irmã, era provável, também. O restante me condenava àquelas grades invisíveis, existentes.

Passei o oitavo estudando tudo que podia em meu tempo livre. Não que fosse muito. Os dias eram preenchidos com o básico - magia técnica, etiqueta -, mas também matérias trouxas, música, artes, moda e outras tão entediantes quanto as citadas. As únicas que eu gostava, e que entram no quesito "outras", eram equitação e línguas. Portanto, aos nove anos, tentei ter uma conversa com minha mãe. Um fato sobre mim: Eu consigo qualquer coisa que eu quero. Não por birra, na maior parte do tempo, mas simplesmente usando inteligência e argumentos. Cercando minha presa, é claro.

Mamãe desistiu de fugir no meio de meu nono ano. Dessa forma, apenas línguas, equitação e as básicas entravam em minha cota de aprendizagem. Não que prestasse muito atenção nas matérias trouxas, apenas as que me interessavam, e por vezes aparecia na de música, já que gostava do piano - ainda que preferisse aulas particulares com a professora ou professor - ; as aulas de etiqueta eram, como sempre, um inferno que aguentava calada, apenas para não magoar a mulher que conhecia como mãe. Meu tempo livre? Aprendia. Tanto quanto nas aulas, buscava conhecimento sobre tudo e qualquer coisa. Sobre meu passado, de meus ancestrais, e daqueles que não estavam ligados conosco. Qualquer coisa que chegasse a minhas mãos e fosse interessante, eu tentaria aprender.

Passei o décimo ano da mesma forma. As coisas começaram a ficarem movimentadas aos onze. Fui, então, para Beauxbatons, sabendo que seguiria os passos de meus três irmãos mais velhos. Escolhida pela deusa Mélusine, dediquei meus dias aos estudos e à diversão. Naquele lugar, me sentia muito mais livre, pois não era necessário carregar nas costas os pesos, deveres e falta de direitos de uma princesa. No começo, olhavam-me com espanto. No meio do ano, já tinha proibido todo mundo de utilizar títulos formais. Em meu segundo ano, era alguém comum. Mamãe não gostou nada daquilo. Noëlla deveria se divertir. Joachim não ousava opinar e nossa pequena irmãzinha, Laetitia, ainda estava descobrindo quem era.

Aos catorze anos, tive minha primeira real briga com todos aqueles que dispusessem de meu sangue. Tentei fazer com que minha mãe me ouvisse, sem sucesso. Pedidos como o de meu nono ano de vida ela poderia escutar, todavia, seus ouvidos não registraram quando eu gritei que não queria mais ser presa ao sobrenome real e, principalmente, não estava interessada na sucessão.

Os anos passaram em velocidade máxima e logo estava formada. Dezessete anos, já o que poderia ser considerada uma mulher adulta e, em meu íntimo, sentia-me assim. A confiança sempre fez parte de meu modo de agir. Portanto, "conversei" de novo com Astrid. Resultado? Gritos, dores de cabeça e um pedido para que eu fosse refrescar-me e viajasse um pouco. O que era pra ser uma ou duas semanas no SPA se transformou em uma viagem de um ano e meio, mandando apenas cartões postais, sem cartas, para ninguém da minha família. Por mais, é claro, que quisesse dizer como estava para Lorenz ou Noëlla, ou mesmo Joachim e Laetitia.

Tive a oportunidade não só de aplicar meus conhecimentos em linguagem, como também de descobrir uma parte de mim apagada pelos deveres da família real. Decidi, então, que aquele desejo surgido ao nascer continuava tão vivo dentro de mim quando no dia em que minha mente era pequena demais para formar pensamentos coerentes sobre. Dessa forma, quando voltei, sendo bem recebida por uns e mal por outros, tornei a comprar uma ou duas propriedades com minhas economias. O quê? Não dava mesmo para me fincar em um lugar só.

Para alegrar minha mãe, que já estava com dor de cabeça suficiente para anos, decidi visitá-los - o castelo - mensalmente. No fim, até onde sabia, aquele costume era a única ligação restante com minhas origens.

Dessa forma, Harvey Anna Martine Pilar continuava existindo, apenas de forma diferente... De uma forma que o sobrenome não demonstrasse peso e seu nome uma fachada. Sabia, em seu âmago, que conseguira descobrir o real significado da palavra liberdade.



Este perfil já foi visualizado 4.142 vezes. Atualizado pela ultima vez em: 08/11/2021 às 18:19:00