Não é fácil encontrar que sabe quando é mimado ou quando não é, mas Emma Evrard é convicta - e não vê problema nenhum - de fora totalmente mimada pelo pai. No castelo em da família, em uma zona afastada do centro da capital de seu país, a menina e sua irmã gêmea cresceram tendo tudo de material que tinham vontade de ter. Professores legais e particulares ensinaram-as tudo que precisavam saber antes de ir à escola de magia e bruxaria que seus pais foram: Durmstrang. Em seu tempo livre, as irmãs gostavam de aprontar muito, principalmente quando isso envolvia a madrasta delas, mulher com quem Willem se casou para dar às gêmeas um bom exemplo de como ser mulher. Élise, mãe das garotas, morrera durante o parto que gerou Giullia e, minutos depois, Emma. Apesar de não se sentir culpada pelo acontecimento, a mais jovem das gêmeas gostaria muito de ter conhecido a mãe e ter apostado todo o dinheiro que tivesse de que ela era uma esposa, mãe e mulher muito melhor do que a escolhida pelo pai para substituí-la.

A sinergia das travessas bruxinhas é algo que sempre chocou Evrard, pai delas. Mesmo quando tinha certeza de que pegara uma no flagra e que elas não saberiam como sair daquela, o relato de ambas era sempre idêntico sem necessidade de conversa prévia. Emma nunca ficou longe da irmã fisicamente, mas psicologicamente sentia que Giullia estava sempre por perto, sempre disposta a compartilhar com elas seus momentos, tornando-a a única e melhor amiga da mais nova. Essa comunicação e forte amizade fez com que as meninas evoluíssem muito. A ausência física do pai fez com que a mulher por ele escolhida sofresse ataques das filhas do marido, que em busca de diversão faziam tudo que fosse possível para soltarem gargalhadas e se sentirem vivas, alegres e espontâneas. Mesmo sendo uma boa “mãe” e um belíssimo exemplo para Emma de como ser quando crescer, a futura bruxinha sempre optou por estar com sua melhor amiga e cérebro da dupla, se divertindo ao ver empregados, professores ou a própria mulher caindo nas geniais brincadeiras das crianças.

Quando chegou o momento de ir à escola, a jovem belga teve muito medo de se afastar da irmã, que era tudo que ela realmente tinha desde que nascera até seus quase 11 anos completos. Nunca fizera outros amigos e muito menos fizera algo fora do grande castelo em que morava, o medo de perder Giullia a fez jurar que mais do que nunca estaria ao lado da irmã em cada instante. A primeira vez em uma escola traria seu primeiro contato direto com a magia, por isso queria espelhar-se nas histórias que ouvia sobre sua mãe, contadas em geral por seu pai, além de se dedicar ainda mais à conexão com Giullia e o principal de tudo em sua vida, até mesmo para quando estiver em Durmstrang: nunca deixar de se divertir.