Sobrevivemos ao fim da saga de Harry Potter. Por mais de 12 anos distribuindo Magia!!!
Situação Atual: CADASTRO NORMAL E ATIVO
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Os tambores batiam de maneira constante, marcando os passos da dança ao redor de uma grande fogueira que era belamente rodeada por carruagens elegantes e cortinados de cores fortes, adornados com arabescos dourados tecidos a fio de ouro. Aqueles que ali viviam, seguiam uma existência simples que podia ser comparada a antiguidade bruxa. Eram viajantes, eternamente em movimento de um lugar para outro, parando nas vilas e vendo o futuro daqueles que ousavam atravessar as portões do acampamento cigano. Eram artistas, ou ao menos era isso que lhes segredava a jovem dama que garantia a sobrevivência dos pequenos em seus cinco primeiros anos.
Não havia arte mais bela, pelo menos não segundo ela, o que enchia a cabeça dos três de fantasias e méritos que pareciam inalcançáveis a suas jovens mentes. Era como contar as crianças trouxas histórias sobre dragões e unicórnios, fadas e duendes. Sonhavam, era óbvio, mas não significava que aquilo existia. Para os três, cujo os nomes foram roubados antes que pudessem aprende-los e a humanidade lhes fora negada, aquelas histórias sobre um passado de cores deslumbrantes, magia e liberdade eram tão fantasiosos quanto a jornada do homem à lua.
Para eles era fácil viver assim, na santa ignorância com medo do homem, pois era assim que eles conheciam a vida. Aos quatro garotos, o silêncio fora aprendido tão rápido quanto as palavras que – na maior parte do tempo – não passavam de simples sussurros entre si, muito embora nem isso fosse necessário. Bastava um olhar, um suspiro ou um simples gesto para que contassem qualquer história. Dividiam entre si o calor, a vida e, principalmente, a dor. Foram quebrados, moldados e ensinados a serem nada mais do que seu Mestre enxergava neles. Eram animais, meros ratos de laboratório cujo nascimento implicava em apenas um propósito: A Cura.
Foram anos de pesquisas no submundo da medicina e a essa altura o Romeno certamente tinha em suas mãos mais cadáveres do que qualquer instituto médico poderia sonhar. Seus exemplares eram frescos, novos e todos dividiam entre si o que o homem via como uma terrível doença. A Licantropia, segundo ele, era a pior das maldições e ele não deixaria este mundo antes que libertasse o mesmo dessa atrocidade vil, sanguinária e que lhe havia causado tanta dor. Dor está que o médico deposto fazia questão de infligir a seus bichinhos, órfãos ou simplesmente pobres homens que procuraram auxilio do mestre em tempos de desespero. Foram anos até que os quatro fossem concebidos e se tornassem viáveis.
Anos até que o Mestre pudesse enfim toca-los do jeito que sua ganancia ansiava.
Aos seis anos conheceram a morte, aprenderam a reconhece-la pelo cheiro e por seus sinais silenciosos. Era algo que fazia parte da memória dos três, tanto quando o dia que foram marcados. Fora o dia que aprenderam que não havia dor pior que a perda, perto daquilo os números e letras marcados nos pulsos esquerdos eram nada mais do que um simples incomodo. Lembravam-se perfeitamente bem do corpo febril do irmão, ou como choramingava durante a noite inteira. Lembravam-se perfeitamente bem da dor que compartilhavam com ele, tanto quanto como foram agonizante os dias seguintes em que eles mesmos mal comiam, simplesmente com medo de abandona-lo e que aquele simples mover o fizesse desaparecer.
Lembravam-se nitidamente da respiração ruidosa e do adormecer sem volta, de como todo o mundo parecia ficar em silêncio, tornando apenas pior aquele macabro espetáculo e pior, lembravam-se da dor de ter deixar seu corpo, tanto quando Mihail lembrava-se da dor nas costelas ao ser arremessado ao chão por não deixar que o levassem. E dá fome, como um castigo, por terem deixado que o menor de sua ninhada se fosse, mesmo que não fossem poucas as suplicas para que ficasse. Conheciam ao frio como um amigo íntimo e temiam as figuras de jaleco como o diabo da cruz. Já não tinham mais expectativas para suas jovens vidas e, aos seis anos, desejam profundamente que encontrassem o fim. Ansiavam pela presença do mais novo, tanto quanto desejavam juntar-se a ele.
A esperança veio em uma noite que nada parecia ter de diferente das outras, com exceção da estranha movimentação em direção ao laboratório improvisado desde que a casa anterior fora tomada por chamas. Os três também se lembravam perfeitamente disso, afinal de contas acabara de acontecer. Foram tirados da cela que dividiam no porão que cheirava a mofo e levados juntos com os prisioneiros que conseguiriam aguentar a jornada. Juntaram-se como de costume, as mãos firmemente unidas a fim de não abrirem espaço entre si. Descobriram, com o tempo, que juntos eram mais fortes. Tinham dentro de si o instinto da matilha como algo primordial, que os consumia aos poucos mesmo antes de sofrerem os efeitos da lua. Aquilo que seria uma simples mudança de locação, tornou-se algo inteiramente diferente.
Aquilo que parecia ser o fim tornava-se no começo de suas histórias. Aquilo que parecia o fim, era a liberdade.
Nota: -Antes que o mimimi comece, sim... Tem duas histórias iguais pois eles são gêmeos e nós, os players, decidimos nos juntas e fazer uma só história pra ambos. No final das contas a história é a mesma pros três, sendo que o terceiro é um npc. -Eles são crianças e sim, são lobisomens porque os dois são filhos do Nikolai Weylin e segundo a Zonkos filhos de lobisomens podem ser lobisomens e, bem, ambos os pais das crianças são lobinhos então... Sangue puro. Não, eles não vão se transformar até os dezesseis que é até quando o soro contra licantropia faz efeito.
[Ojesed] - Maior Sonho: O que há neste mundo para sonhar? [Bicho Papão] - Maior Medo: O Mestre. [Dementador] - Memória: A morte de W014. O quarto gêmeo que sequer recebeu um nome. [Testrálios] - Viu a Morte?: Sim. [Tattoo] - Marcas corporais: A inscrição W013 no ventre do pulso esquerdo. |
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