Fazer parte do alto escalão da comunidade mágica polonesa é um fardo para Yuliya Schennikov Eremenko, sobretudo por carregar o sangue e o nome das duas famílias mais tradicionais do país. E a situação da jovem se agrava ainda mais a partir do momento em que decide tomar as rédeas da própria vida e agir por debaixo dos panos contra todos os princípios que lhe entranharam.
A história começa ao norte da Polônia, mais precisamente na cidade de Torun. Entre pouco mais de cem mil habitantes, encontra-se uma das comunidades mágicas mais antigas da Europa Central. Duas famílias detêm os centros de poder e tradição daquela que é a segunda cidade polonesa que sobreviveu praticamente intacta a Segunda Grande Guerra Mundial. Como parte da tradição, Aleshka Schennikov – a filha mais velha – foi prometida ao primogênito dos Eremenko – Kaspar Nowak Eremenko – para dar continuidade a linhagem de sangue azul.
Kaspar e Aleshka se casaram assim que a dama completou 18 anos. Ambos já se conheciam e nutriam uma amizade durante os estudos em Durmstrang, porém o envolvimento romântico foi forçado para manter uma tradição que não ousaram quebrar. O primeiro filho da família, Adrik, nasceu quatro anos depois da união. Dois anos mais tarde foi a vez de Markov vir ao mundo. Outros dois anos após a chegada do segundo menino, o casal teve Adrik, em uma gravidez bastante conturbada. Por último, como uma surpresa para todos na família, Ninette foi gerada com 12 anos após a chegada de Adrik.
Todos os filhos foram enviados para Durmstrang – com exceção de Ninette, por ainda não ter idade suficiente – para completarem suas rigorosas formações e manter a essência da guerra correndo em suas veias. E apesar de serem bruxos tradicionais, as famílias Schennikov e Eremenko têm grande influência nas decisões da Igreja Católica, detentora do poder no país. Sendo Adrik o filho responsável por assumir a função eclesiástica e reforçar os valores para a nova geração.
Retomando o foco para Yuliya, como se não bastasse viver como se vencer guerras fosse o objetivo de vida e fato enobrecedor da sua história, era obrigada a se vestir com a capa da hipocrisia católica. Por diversos motivos – sendo a guerra um deles -, a jovem não acreditava em Deus. Pelo menos não naquele Deus que era obrigada a servir. Não entendia como podia ser grata a religião que tentou dizimar milhares dos seus semelhantes e que condenava impiedosamente quem não lhe seguia.
É claro que assumir deliberadamente que não acreditava em nada disso e que era contra toda essa tradição descabida significava a morte. Tinha nítida a lembrança da morte cruel de sua tia Roza Eremenko, a única em gerações que tentou ir contra o sistema. Muito embora em sua concepção “morte” deva ser melhor que viver na hipocrisia, ela viva poderia ser muito mais útil na batalha que simplesmente enterrada.
Dois anos após ter se formado, Yuliya atua como medibruxa no TvH para manter sua aparência para com sua família e reveza sigilosamente sua escala em uma ONG que cuida dos refugiados de guerra.
O maior problema é que seu irmão mais velho, Markov Eremenko, desconfia da vida dupla que ela vive e parece ter traçado como objetivo maior de sua existência desmascarar a irmã até que ela seja punida.
Dados do núcleo (vivo) da família Schennikov:
1ª geração: Sra, Ewelina & Sr. Gerwazy Schennikov
2ª geração: Aleshka e Ksena
3ª geração: Markov, Adrik, Yuliya e Ninette (filhos de Aleshka e Kaspar); Irenka e Ilka (filhas de Ksena e Gustaw)
Dados do núcleo (vivo) da família Eremenko:
1ª geração: Sra, Iwona & Sr. Nikolai Eremenko
2ª geração: Kaspar, Joanka e Piotr
3ª geração: Adrik, Markov, Yuliya e Ninette (filhos de Aleshka e Kaspar); Roderyc, Rahel, Romek e Ryzard (filhos de Piotr e Urzula)
[Bicho Papão] - Maior Medo: Perder a memória.
[Dementador] - Memória: O assassinato de sua tia Roza Eremenko.
[Testrálios] - Viu a Morte?: Sim.
[Tattoo] - Marcas corporais: Sim. Uma tatuagem colorida no braço esquerdo. Um elefante verde com pernas cumpridas em fundo rosa e vermelho, com caminhos propositalmente tortos.