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ESPORTES 4º ANO: CHUVA DE BALAÇOS

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por Lara Lynch » 20/09/2014 às 22:22:36
Título: ESPORTES 4º ANO: CHUVA DE BALAÇOS
Lara Lynch
 

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CHUVA DE BALAÇOS

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Para a aula de Esportes e Transportes Mágicos, o jogo mais clássico e amado entre os bruxos dos quatro cantos do planeta: Quadribol. O senhor Porter teria optado por uma temática mais leve e descontraída com seus alunos após o incidente ocorrido na viagem do expresso que os trazia anualmente para Hogwarts, juntando alunos das mais diferentes séries para uma introdução ao esporte e treino do mesmo. Havia quem se surpreendesse com toda atenção dada por mim às palavras do bruxo e se questionassem o motivo de tamanho interesse, mas era involuntário. Instigava-me a curiosidade sempre que alguém comentava sobre o jogo, não raro eu aprendia alguma coisa nova, afinal, como uma nascida trouxa, tinha 11 anos a menos de contato com o quadribol que os demais estudantes que sempre viveram naquele contexto.

Dada a formação dos espaços de treinamento nos ares, animei-me com a possibilidade de praticar um pouquinho daquele jogo. Afinal, nos últimos três anos, todos os colégios pelos quais passei as Casas tinham times estudantis formados, sem vagas para novos jogadores, e durante as férias, minhas companhias eram, basicamente, trouxas. Era apenas uma expectadora dos campeonatos escolares e, eventualmente, ouvinte da liga oficial de quadribol. – “Agora é a minha vez de entrar em campo! Quem sabe não me descubro um grande talento?! Seria o máximo! Já posso até ver: LARA LYNCH, revelação do ano.” – Retornando dos meus devaneios, deparei-me com um von Vöwell um tanto quanto distraído e risonho. Alguma coisa estranha havia ali e pensava comigo mesma se teria algo a ver com empolgação pelo jogo.

- E ai, Sean... Vai para qual estação? - Senti-me convidada a cutucar o sextanista que sorria sozinho em meio à turma diversificada. Doce ilusão. Tão estúpido como de costume, o austríaco não me poupou de sua rudeza habitual quando afirmou, à sua maneira, que iria para o campo dos batedores. - Deixa de ser grosseiro, menino! - Esbravejei, seguido de um empurrão no ombro dele. - Esforce-se para ser simpático com as pessoas. Não custa nada. - Fechei o cenho para o menino, como se fosse sua mãe tentando ensiná-lo boas maneiras, mesmo que isto fosse tarde demais. Contudo, até que podíamos dizer que havia uma melhora em seu comportamento desde nosso primeiro embate, uma vez que após seus resmungos sobre a hipocrisia dos sorrisos amigos, o garoto me devolveu a pergunta de onde eu pretendia ir. – “Ora, ora! Quem te viu, quem te vê... Continuando o assunto sem fugir... Vamos aproveitar. Rs!”

- Won... Não fica assim, von-von. - Um pouco debochada, admito, brinquei com o garoto pelo discurso feito, abraçando pelas costas e fazendo um cafuné de leve, recostando minha cabeça em seu ombro. - O mundo não é tão ruim quanto você pensa que é. - Disse-lhe abrindo um sorriso animado, mas, cabeça quente como era Sean, ele não quis entender a piada, apenas se desvencilhando do meu abraço, de modo a restar-me apenas a resposta do questionamento que me fizera. - Bom, estou indecisa ainda... Não consigo me enxergar bem nessas posições do quadribol. Digo, acho legal, mas acho que deve ser difícil jogar. Qual delas você acha que faz mais a minha cara?

Ainda não havia aprendido a lição. Mais uma vez dava a oportunidade de ouro para o corvino me alfinetar com sua peculiar arrogância e deboche, dizendo que meu lugar era na plateia. – “Como assim?! Nem tudo se resumia a músculos torneados no quadribol. Senão o que seria das jogadoras? Que menino machista!” – Indignei-me com a provocação do menino. - Monstrengo! Eu vou tentar mesmo assim. A Kamille também é magrinha e é capitã do time. Eu posso melhorar se eu treinar. - Defendi-me com um bom argumento, mostrando-lhe a língua, enquanto o menino, sem demora, afirmava que a capitã possuía algo que eu não tinha: talento!

Neste momento comecei a sentir calores em meu corpo, a mente fermentava ideias de fogo ao meu redor, como se fosse um super-sayajin com raiva, prestes a explodir um “Kame-hame-ha”. No entanto, só o que fiz foi perguntá-lo. - Como você pode saber disso, se você nunca me viu jogando? - Contudo o austríaco estava inspirado naquele dia, se poder basear sua afirmação em minha performance em campo, uma vez que nunca havia jogado quadribol em Hogwarts, o mesmo apelou para minha condução de vassouras. – “Queee?!?!?!” – Arregalei os olhos, possessa da vida com aquela difamação absurda e retruquei de igual para igual. - Acho que você está com medo de perder para mim de novo. Igual perdeu na Caça sem Cabeça -

“Muahuahuahuah!!!” – Como eu era má! Atingindo na ferida do orgulhoso von Vöwell, que sempre se gabava de suas qualidades desportivas, mas que perdeu a aposta que fez para uma menininha, loirinha e dois anos mais nova que ele. Estava me sentindo muito bem nesse instante, vendo o corvino em conflito interno por não ter uma justificativa decente, que não fosse menosprezar o evento. - Mimimi... Mimimi... Mimimi... Você perdeu e não aceita. Aliás, foi você quem me desafiou - Ele insistia em sua única e aparente tábua de salvação, mas não fazia sentido, pois, se de fato se tratava de um jogo tão ridículo e para crianças, ele deveria vencê-lo com as mãos amarradas nas costas.

Então, Sean afirmou que no campo de quadribol eu nunca o venceria e aquela afronta me instigou a tentar uma coisa que, normalmente, eu não faria. - Já sei, então! - Dei um soquinho na palma da mão. - Vou para o quadrante dos batedores com você! Era genial! Talvez uma genialidade perigosa demais, mas ainda assim o era! Não que acreditasse que fosse ser, neste instante, uma revelação que desbancaria o batedor oficial da Corvinal num só treino. Eu posso ter meus momentos de insanidade, porém não tanto assim. Entretanto, mostraria ao rapaz que eu não era qualquer coisa para se desfazer. - É só me indicar os conceitos básicos que eu pego rápido. - Dei uma piscadela para o menino e corri na direção do material, para logo alçar voo rumo ao quadrante dos balaços.

Sentia um frio de ansiedade na barriga imenso. Segundos antes de entrar no espaço destinado ao treino, ainda tremia bastante de nervoso pelas bolas de metal. – “Agora é tarde demais para desistir. Pensasse nisto antes de entrar nesta furada.” – Convencia-me de que não poderia voltar atrás. Realmente, nem se eu quisesse eu conseguiria retornar ao solo. Não ilesa. Parecia que os balaços tivessem sentido cheiro de novidade em mim, com tubarões atraídos por carne e sangue. Primeiro um, depois outro e mais um vindo de baixo. Eu não sabia mais se estava num treino de batedora ou de esquiva. Uma coisa era certa, se eu não tivesse talento para rebater balaços, para escapar deles eu tinha.

De repente, escutei uma provocação familiar vinda bem próxima de mim. Sean gargalhava de minha performance. Fechei a cara, fazendo biquinho, não queria aceitar aquilo. Desejava provar que ele estava errado, mais uma vez, em suas ironias e deboches. Então, deparei-me com mais um balaço em minha direção. Desta vez não o deixaria passar direto, enfrentaria frente a frente, como se apenas nós dois existíssemos naquele quadrante. Segurei firme o bastão que tinha em minha mão direita, esticando o braço para trás. Fiz um cálculo estimado de quando poderia acertá-lo e pronto! O som metálico proveniente do encontro da bola de ferro com o bastão de madeira maciça alcançou meus ouvidos pela primeira vez.

- AAAAAAAAIIIIIII!!! - Mas nem tudo eram flores. Pela lei da ação e reação, a contrapartida da minha vitória em acertar o balaço – mesmo que sem grande maestria – era a dor que se espalhou pelo meu braço e ombro direito depois do choque. Um xingamento questionador veio até mim e logo percebi que Sean vinha ao meu encontro, como se fosse me atropelar. – “Ele ‘tá maluco?!” – Não estava em condições de desviar dele naquele instante e já admitia o fato de que seria atropelada pelo sextanista, quando vi sua ação heroica para comigo. Um chute no balaço que eu havia rebatido, mas que retornava por baixo por eu não tê-lo afastado com tanta força, e um rebate de uma segunda bola que o seguia. – “Ele realmente é bom nisso...”

Meus olhos já estavam marejados naquele momento, era muita coisa para lidar ao mesmo tempo. Era dor de braço deslocado, era o fato de ter sido salva, era o von Vöwell estar machucado e sangrando por minha causa. Eu não queria mais brincar daquilo. Porém, por outro lado, eu estava presa aquilo até que me provassem o contrário. E as lágrimas começaram a escorrer quando Sean começou a gritar comigo, dando-me uma série de ordens sobre o que fazer, misturadas com xingamentos que eu nem conhecia. – “EU SÓ QUERO SAIR DAQUIII!!!” – Gritava lamúrias internamente, a beira de extravasá-la, quando, subitamente, o batedor azul e bronze me indicou a bola de ferro que vinha em nossa direção e me indicando como fazer.

Engoli o choro, troquei o bastão de mão e atribui àquele rebate toda raiva, medo e revolta que tinha daquilo que nos tinha acontecido. Não sabia se aquele teria sido o mesmo balaço que nos havia machucado segundos antes, mas certamente pagaria o preço por avançar sobre nós agora. - AAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHH!!!!!!!!!!!! - Gritei como uma amazona entrando em batalha, intimidando o inimigo de esférico. TUUUMM!!! – “Foi? Acabou? Eu... Acertei?...” – Não conseguia acreditar. Eu tinha acertado da outra vez também, mas dessa vez eu não estava com o braço machucado e a bola de metal riscava o céu para bem longe de nós. - Eu... EU CONSEGUI!!! EU CONSEGUIIII!!! - Comecei a erguer o braço são em comemoração, cheia de orgulho de mim mesma, até esquecendo da dor que sentia no ombro e braço direito.

- E você para com essa ideia de que o jogo apenas começou! Sua perna está machucada e o meu braço também! Vamos sair daqui, antes que nós sejamos alvejados de novo! - Vociferei com o menino, segurando-o pelo braço e puxando-o a sua revelia.



[ Interação: Sean von Vöwell ]

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