{ PRIMEIROS ENCONTROS }
Dançava sozinha pelo quarto, enquanto arrumava as roupas lavadas no baú. Tinha adorado o novo iMagic que ganhara de presente dos pais e que chegara aquela semana pelo correio-coruja. Para quem não conhece, este seria o dispositivo similar ao iPod, mas desenvolvido pela divisão de tecnologia mágica da Apple (Sim, ou vocês acham que eles fazem tanto dinheiro só com o mercado trouxa? Bobinhos...). Devido ao conversor desenvolvido por eles, conseguia transferir as músicas temas dos meus animes preferidos para o aparelho e usava livremente na área encantada de Hogwarts, que repelia todos estes aparatos de tecnologia trouxa. E o melhor era que não tinha bateria! Ou pelo menos não como convencionalmente se pensa numa: ele era um assessório totalmente mágico.
Eis que o farfalhar de asas batendo chamou a minha atenção, levantei o rosto, olhando na direção da janela, e vi uma coruja carregando um bilhete. - Para mim? - Questionei a ave, apontando para o meu peito, enquanto a mesma se sacudia, o que entendi como sendo um “sim”. - Obrigada. - Agradeci à mensageira, após retirar o envelope de sua pata, retornando para cama em seguida, onde abria o bilhete para lê-lo. - “ Me encontre para ir ao jogo em frente a King Cross às 15 horas. Melhor ir e não se atrasar, ou quebro seus dentes e te amarro no salgueiro lutador quando voltarmos para Hogwarts. PS: O ingresso está em anexo.” - Terminei de ler a carta com os olhos esbugalhados. Quanta ousadia! Só uma pessoa poderia ter mandado aquela mensagem e com aquelas exigências. - Sean von Vöwell
- AAAAAAAAAAAAAAHHHHHHH!!! - A carta voou para o teto do quarto, enquanto meu corpo desfalecia pelo chão devido ao susto que levara. Thessália entrara no quarto feito um gato. Sequer tinha percebido a presença da menina enquanto lia a carta. Não é de se surpreender a reação que tive ao escutar alguém falando comigo por trás da nunca. - Sua retardada! Pensei que fosse um fantasma! - Levantei irada, dando pequenos tapas nos braços da menina, a medida que ela se protegia e gargalhava. - Não tem graça. - Cessei meu ataque, peguei o bilhete caído e retornei à cama. - Tem sim! Hahaha! [...] E ai, o que vai fazer? - A corvina perguntou, agarrando-se no travesseiro. - Hum... Eu vou. Nunca fui num jogo de quadribol oficial. Devem ser caros esses ingressos. - Respondi despreocupada. - Você é muito tonta, Lalá. Creio em Deus Pai! Isso é um encontro, garota! - Thess dizia como se fosse a coisa mais óbvia do mundo. - Encontro...? - Mas a ficha ainda não tinha caído para mim. - Sean von Vöwell está MUUUUUUUITO na sua! - E com sua afirmação, fazia um coraçãozinho com as mão, através do qual me observava rindo. - Sem graça. - Larguei as coisas sobre o edredom e voltei à minha arrumação. Não iria embarcar nas sandices da menina.
Eis que o farfalhar de asas batendo chamou a minha atenção, levantei o rosto, olhando na direção da janela, e vi uma coruja carregando um bilhete. - Para mim? - Questionei a ave, apontando para o meu peito, enquanto a mesma se sacudia, o que entendi como sendo um “sim”. - Obrigada. - Agradeci à mensageira, após retirar o envelope de sua pata, retornando para cama em seguida, onde abria o bilhete para lê-lo. - “ Me encontre para ir ao jogo em frente a King Cross às 15 horas. Melhor ir e não se atrasar, ou quebro seus dentes e te amarro no salgueiro lutador quando voltarmos para Hogwarts. PS: O ingresso está em anexo.” - Terminei de ler a carta com os olhos esbugalhados. Quanta ousadia! Só uma pessoa poderia ter mandado aquela mensagem e com aquelas exigências. - Sean von Vöwell
- AAAAAAAAAAAAAAHHHHHHH!!! - A carta voou para o teto do quarto, enquanto meu corpo desfalecia pelo chão devido ao susto que levara. Thessália entrara no quarto feito um gato. Sequer tinha percebido a presença da menina enquanto lia a carta. Não é de se surpreender a reação que tive ao escutar alguém falando comigo por trás da nunca. - Sua retardada! Pensei que fosse um fantasma! - Levantei irada, dando pequenos tapas nos braços da menina, a medida que ela se protegia e gargalhava. - Não tem graça. - Cessei meu ataque, peguei o bilhete caído e retornei à cama. - Tem sim! Hahaha! [...] E ai, o que vai fazer? - A corvina perguntou, agarrando-se no travesseiro. - Hum... Eu vou. Nunca fui num jogo de quadribol oficial. Devem ser caros esses ingressos. - Respondi despreocupada. - Você é muito tonta, Lalá. Creio em Deus Pai! Isso é um encontro, garota! - Thess dizia como se fosse a coisa mais óbvia do mundo. - Encontro...? - Mas a ficha ainda não tinha caído para mim. - Sean von Vöwell está MUUUUUUUITO na sua! - E com sua afirmação, fazia um coraçãozinho com as mão, através do qual me observava rindo. - Sem graça. - Larguei as coisas sobre o edredom e voltei à minha arrumação. Não iria embarcar nas sandices da menina.
[...]
A semana passou e lá estava eu na Estação King’s Cross, conforme dizia o bilhete. Convenci meus pais de que não haveria problema em ir ao quadribol com a família do corvino, assim como era algo bastante difícil conseguir ingressos para um jogo como aquele. Até a mamãe havia insistido para o papai não se preocupar, que era bom eu estar saindo com garotos, pois já mostrava que eu já estava amadurecendo e me tornando uma mocinha. Cogitei em interrompê-la e negar seu argumento quando isso aconteceu, mas estava funcionando tão bem, que achei melhor ficar na minha. Estava sentada em um banquinho branco de madeira em um corredor extremamente movimentado. Olhava para todos os lados, tentando reconhecer diante de tantos rostos alguém familiar. Consultei meu relógio de pulso novamente, preocupada com o horário marcado: faltava pouco para as 15h. - “Será que ele não vem e isso foi só uma pegadinha dele?” - Considerei, um pouco decepcionada. - “E se ele realmente está perdidamente apaixonado por mim, como a Thess disse e está escondido em algum lugar por ai tomando coragem para me encontrar? Minha nossa! Nem sei como faria. Pobrezinho.”
Então, enquanto conjecturava sobre as mais diversas hipóteses de amor, declaração, drama, corações partidos e catástrofes amorosas em função da pilha errada que Thess colocara em minha cabeça, percebi a aproximação de um grupo distinto em meio à multidão do terminal. - “Ufa! Não foi uma pegadinha.” - Aliviei-me, pondo-me de pé e recepcionando-os com um sorriso, o qual foi abalado pelo cumprimento grosseiro do garoto ao me ver. Diferente do seu filho mais velho, a Sra. von Vöwell, uma mulher muito distinta e com uma presença muito impactante, fora muito gentil e agradável. - Obrigada. A senhora é muito mais bonita. Aliás nem imagino Sean comentando de mim em casa. Já é uma surpresa ter sido convidada por ele para o jogo. - Completei com uma leve risada. Convém ressaltar que a falta de educação era uma particularidade do primogênito da família, pois até o caçula, Ryan, fora bastante simpático e respeitoso comigo naquele instante em que nos conhecemos. - Prazer, Lara. Tenho certeza que nos daremos bem.
Dali procuramos um lugar mais deserto, de onde pudemos aparatar em conjunto para os arredores do estádio, onde a mãe dos meninos nos deixou e desapareceu para seus compromissos. Agora que estávamos sem a companhia da Sra. von Vöwell, poderia agir normalmente com Sean, que já despejava uma pesada mochila sobre o irmão. - Boa tarde! - Cumprimentei-o furiosa, com um pisão bem dado no pé esquerdo. - Isso é para você aprender como se trata uma dama! Nunca mais fale comigo como fez ao nos encontrarmos na King’s Cross! - Ameacei, enquanto o rapaz ainda se preocupava com a dor causada por um salto pesado esmagando seus dedos do pé. - Deixa que eu o ajudo, Ryan. - Ofereci meu auxílio ao garoto, retirando alguns dos objetos pendurados em sua mochila e colocando em minha bolsa. - Só não se esqueça de pedi-los de volta quando formos embora ou os acabarei levando comigo sem querer.
O menino era bem agradável. Possuíamos a mesma idade e, tal qual eu, nunca tinha ido a um jogo oficial antes de quadribol. - Nossa! Que coincidência! É a primeira vez que venho ver uma partida da Liga Europeia. Bem, não que eu já tivesse ido a outra liga antes. Mas você entendeu, né?! - Completei com um riso descontraído, enquanto caminhávamos em grupo para a lanchonete e, em seguida, para as arquibancadas. - Legal isso de vocês terem um primo que joga na Puddlemere United. Conseguir ingressos grátis não é nada mal. Eu sou uma completa leiga nos assuntos de quadribol. Confesso que tenho uma grande simpatia pelo Chudley Cannons, mas acho que isto é muito em função dele nunca ganhar um campeonatozinho sequer há décadas.
[ Interações: Sean von Vöwell & Ryan von Vöwell ]
Então, enquanto conjecturava sobre as mais diversas hipóteses de amor, declaração, drama, corações partidos e catástrofes amorosas em função da pilha errada que Thess colocara em minha cabeça, percebi a aproximação de um grupo distinto em meio à multidão do terminal. - “Ufa! Não foi uma pegadinha.” - Aliviei-me, pondo-me de pé e recepcionando-os com um sorriso, o qual foi abalado pelo cumprimento grosseiro do garoto ao me ver. Diferente do seu filho mais velho, a Sra. von Vöwell, uma mulher muito distinta e com uma presença muito impactante, fora muito gentil e agradável. - Obrigada. A senhora é muito mais bonita. Aliás nem imagino Sean comentando de mim em casa. Já é uma surpresa ter sido convidada por ele para o jogo. - Completei com uma leve risada. Convém ressaltar que a falta de educação era uma particularidade do primogênito da família, pois até o caçula, Ryan, fora bastante simpático e respeitoso comigo naquele instante em que nos conhecemos. - Prazer, Lara. Tenho certeza que nos daremos bem.
Dali procuramos um lugar mais deserto, de onde pudemos aparatar em conjunto para os arredores do estádio, onde a mãe dos meninos nos deixou e desapareceu para seus compromissos. Agora que estávamos sem a companhia da Sra. von Vöwell, poderia agir normalmente com Sean, que já despejava uma pesada mochila sobre o irmão. - Boa tarde! - Cumprimentei-o furiosa, com um pisão bem dado no pé esquerdo. - Isso é para você aprender como se trata uma dama! Nunca mais fale comigo como fez ao nos encontrarmos na King’s Cross! - Ameacei, enquanto o rapaz ainda se preocupava com a dor causada por um salto pesado esmagando seus dedos do pé. - Deixa que eu o ajudo, Ryan. - Ofereci meu auxílio ao garoto, retirando alguns dos objetos pendurados em sua mochila e colocando em minha bolsa. - Só não se esqueça de pedi-los de volta quando formos embora ou os acabarei levando comigo sem querer.
O menino era bem agradável. Possuíamos a mesma idade e, tal qual eu, nunca tinha ido a um jogo oficial antes de quadribol. - Nossa! Que coincidência! É a primeira vez que venho ver uma partida da Liga Europeia. Bem, não que eu já tivesse ido a outra liga antes. Mas você entendeu, né?! - Completei com um riso descontraído, enquanto caminhávamos em grupo para a lanchonete e, em seguida, para as arquibancadas. - Legal isso de vocês terem um primo que joga na Puddlemere United. Conseguir ingressos grátis não é nada mal. Eu sou uma completa leiga nos assuntos de quadribol. Confesso que tenho uma grande simpatia pelo Chudley Cannons, mas acho que isto é muito em função dele nunca ganhar um campeonatozinho sequer há décadas.
[ Interações: Sean von Vöwell & Ryan von Vöwell ]