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DECEPÇÕES

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por Lara Lynch » 22/03/2015 às 03:44:51
Título: DECEPÇÕES
Lara Lynch
 

{ DECEPÇÕES }


A ausência de Sean fez com que o ambiente se tornasse menos tenso, como se alguém tivesse conjurado um poderoso feitiço sobre nós. Ao contrário de seu irmão, Ryan era uma pessoa bastante descontraída e leve de se conversar, com o qual dava boas gargalhadas e discutia sobre assuntos. Não precisava me manter alerta, pronta para rebater uma de suas provocações. Isso me deixava perplexa. Afinal, porque o corvino precisava ser tão grosso e tão estúpido a todo instante? E porque, mesmo com tudo isso, eu continuava a andar com ele? Porque ele me convidou para esse jogo? De uma maneira impositiva e ameaçadora, é bem verdade, mas ainda assim um convite. Não fazia sentido isso. Aliás, não sei nem o porquê de estar pensando nisso agora, depois de tanto tempo convivendo com Sean do jeito que é.

Tentei dispersar aqueles pensamentos da cabeça, dando mais atenção à conversa que tinha com Ryan do que às reflexões que me surgiam a respeito daquela situação em que me encontrava. Então, comecei a reparar a movimentação de um grupo de garotos há alguns metros de distância, fazendo declarações e mandando beijos para alguém na minha direção. Achei aquilo engraçado. - Esses meninos fazem cada coisas... - Comentei com o von Vöwell caçula, olhando a minha volta, descontraída, procurando a tal menina que tanto os rapazes mexiam. - “Que estranho... Só tem gente mais velha aqui. Será que a garota com quem eles estavam falando saiu daqui envergonhada?” - Questionei-me, virando para Ryan com um sorriso nos lábios e dizendo. - Acho que espantaram a menina... - Sendo pega de surpresa com a proximidade dos garotos, que dividiam seus olhares entre Ryan – de modo ameaçador – e para mim – como seu alvo. O sorriso se desfez.

Fui surpreendida pela afirmação de Ryan sobre a intenção – ou melhor, a má intenção – dos garotos e sua sugestão de nos retirarmos e irmos ao encontro de Sean. Sem palavras, apenas gesticulei com a cabeça, concordando com o jovem, levantando-me e apanhando nossas coisas para sairmos. Neste instante, insultos surgiram às nossas costas. Eram os 03 rapazes, que provocavam o austríaco que me acompanhava com ofensas a sua firmeza e coragem, assim como diziam, em tom de ironia, que só desejavam o meu “bem”. Estava assustada. Nunca antes havia passado por algo assim. Não sabia o que responder. Arregalei os olhos para Ryan, suplicando por um apoio que não sabia qual seria, e vi nele a coragem que lhe fora questionada pelos nossos molestadores quando ele os enfrentou, mandando que me deixassem em paz, pondo-se entre mim e eles.

Meus olhos brilharam com aquela ação nobre repentina, motivando-me a também agir. - Isso mesmo! Você... Vocês estão sendo inconvenientes e mal-educados! - Exclamei detrás do austríaco. No entanto, palavras não seriam suficientes para detê-los. O trio avançava em nossa direção, retrucando nossas afirmações, até que chegaram próximo o bastante para empurrar Ryan. - Não! - Amparei o menino, antes que pudesse cair, e tomei o lugar a sua frente, devolvendo o empurrão no agressor do meu amigo. - Hey! Não faça isso com ele! Saiam daqui! - Encarava-os com o cenho fechado, tentando intimidá-los de alguma forma, mas sem sucesso. Ryan puxou-me de novo para que retornássemos ao caminho iniciado para fora das arquibancadas, mas os encrenqueiros em questão não nos deixariam escapar tão facilmente. Ou pelo menos não eu, cujo braço foi segurado pelo garoto, que afirmou que dali eu só sairia com ele.

Gelei. O tremor subiu pelo corpo, de modo que, por uns instantes, até pensei que minhas pernas fraquejariam em me sustentar. Aquelas palavras soaram como um verdadeiro golpe em mim. - “Ninguém vai sair daqui comigo sem que eu queira...” - Meu instinto de autoproteção se ativou inconscientemente, fazendo com que meus pés fossem ao encontro das canelas e pés dos molestadores, que resistiam meus ataques com provocações e tentando me conter, enquanto Ryan e eu tentávamos nos ver livres da situação. De repente, senti meu corpo sendo removido daquela confusão. Fora tão rápido que demorei alguns segundos para entender o que havia acontecido. Sean me arrancou dos braços do líder dos encrenqueiros, jogando-me às suas costas, com Ryan, e partido para briga corporal com os garotos. - NÃO!! - Clamei apavorada, já com os olhos transbordando de lágrimas. Tentei avançar para ajuda-lo, mas fui detida pelo irmão do corvino. - Mas ele precisa de ajuda! - Exclamei, recebendo a sanidade do jovem como resposta. Outros torcedores presentes na arquibancada também haviam se envolvido na briga e já continham os jovens marginais. - Graças ao divino!

Mais alguns minutos se passaram e os molestadores já haviam sido conduzidos para fora do estádio e as coisas começavam a se normalizar na arquibancada. Algumas senhoras, prontamente, vieram até mim, perguntando como estava e me dando apoio naquele momento, de forma que agradeci pela preocupação e ajuda de todos, mas dizendo que estava bem. Angustiava-me mais Sean, que tinha o olho machucado devido à luta. Já fui tirando o lencinho e o álcool em gel da bolsa para desinfetar o ferimento, enquanto ele resmungava. - Para de ser idiota! Estávamos preocupados contigo. Deixe-me ver você. Como está se sentindo? - Questionei-o, sendo novamente destratada. - Mal-educado! - Gritei à centímetros do corvino, empurrando-o levemente em seguida. - Não dá nem para se preocupar contigo e ficar agradecida pela sua ajuda que você estraga tudo! - Desabafei, virando-me de costas para o garoto, e atentando para seu irmão. - Como você está? Eles machucaram você? - Perguntei a Ryan, que afirmou estar bem, ao passo que Sean continuava a falar impropérios. - ARROGANTE!!! - Respondi suas injurias, retornando ao caçula. - Já que você está bem, RYAN, eu vou embora. Já deu a minha cota de maus tratos para o mês inteiro! - Fiz uma pausa enfática. - Foi um prazer conhecê-lo... Apesar das circunstâncias. - Despedindo-me do rapaz com um abraço.

Já preparava-me para ir embora, quando Ryan propôs ao irmão que me levassem de volta, o que eu não poderia aceitar. - Não precisa, não. Obrigada. Vi que a família da Susan Teske está por aqui. Vou voltar com eles. Obrigada pelo ingresso. - Fiz uma pequena reverência e parti entre os bancos da arquibancada em passos largos, sem olhar para trás. Os olhos já marcados pelas lágrimas, voltavam a se encher e não desejava que o veterano presenciasse aquele momento seu. Bastava tudo que tinha passado. Precisava de um tempo de paz para me recuperar. Férias de Sean von Wöwell.


[ Interações: Sean von Vöwell & Ryan von Vöwell ]

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