Nascido em Berwick, uma cidade próxima à fronteira da Inglaterra com a Escócia, Moses é o segundo filho de um casal fervorosamente cristão, cujos princípios da santidade buscam ser enraizados desde que era apenas um bebê. Cresceu cercado de muitas regras, horários e planejamentos específicos, seguindo rigorosas rotinas de rezas, procissões à santos e outros eventos de ordem religiosa. Assim, passou a ler muito, tanto os escritos religiosos impostos pelos pais, quanto livros que eram destinados aos irmãos, destacando-se de seu irmão nos estudos realizados em casa em muitos aspectos.
Com nove anos, Moses demonstrou habilidade mágica pela primeira vez ao levitar alguns livros na biblioteca do casarão da família, e isso chamou a atenção por si só. Seu irmão Dorofey já tinha sido selecionado para a Sonserina, em Hogwarts, dois anos antes, e todos aguardavam pelo momento em que o caçula se conectaria ao sangue puro da família russa de seu pai. Nesse meio tempo, passava as manhãs e tardes se dedicando aos estudos, e os poucos horários da noite eram destinados à livros mais complexos, que logo desenvolveram uma inteligencia mais acadêmica que o irmão. Dorofey era dos esportes, das lutas e dos feitiços; Moses era dos livros, das poções e da alquimia. Não existia nenhum tipo de planta na horta da família que ele não conhecesse, assim como não havia um livro na estante que ele não tinha lido.
Quando foi para Hogwarts não se surpreendeu ao ser selecionado para a Corvinal. Sua vida estudantil sempre foi muito reservada: tinha poucos contatos, e aqueles que conseguia desenvolver algum tipo de vínculo, logo mudavam-se de escola ou perdiam o contato. Todos exceto Valentina, uma primeiranista que dividia com Moses a paixão pelos estudos, ervas e poções. O que diferia os dois era a paixão por História da Magia e Estudos dos Trouxas, posto que Moses sempre se interessou pelo modo como as relações humanas se davam e como agentes químicos podiam influenciar o sistema nervoso, a empatia e a psique dos sujeitos; em contrapartida, a corvina tinha mais interesse em elaborar novos composições, experimentar ervas e seus agentes. Eram, portanto, uma dupla peculiar, com anseios e ambições ímpares, e essa relação se manteve até muito depois.
Quando saíram de Hogwarts, ambos formados, buscaram constituir família: casaram-se cedo, tiveram uma filha e foram atrás de oportunidades de trabalho no mundo mágico que estivesse de acordo com os estudos realizados por ambos. Moses buscou especializar-se na área de psiquiatria e psicologia, de modo a buscar a formação como medibruxo, enquanto que sua esposa angariava conhecimentos voltados para poções. Conseguiu um estágio no hospital St. Mungus, desenvolvendo os conhecimentos em biologia humana, logo formando-se como medibruxo. A área de psiquiatria voltou a sua vida quando buscou a especialização na área, mantendo pesquisa paralela sobre História da Magia, Antropologia Mágica e Psicologia Humana Bruxa e Não-Bruxa. Realizou alguns tantos estudos, escrevendo alguns livros, artigos e brochuras. Foi convidado para a área de psiquiatria e psicologia do hospital, atuando como atendente e depois presidindo uma área de estudos específica.
Moses saiu do St. Mungus recentemente com bagagem o suficiente para buscar uma nova colocação no mercado de trabalho. Com uma filha já crescida, ruma para o mundo mágico a fim de exercer seus conhecimentos em uma área correlata a sua, mas não dentro de hospitais ou clínicas. Sua ambição passa a ser de mestre, uma vez que as crenças familiares ainda são latentes dentro de si.