Para falar de Zeg é necessário falar dos Krumsk, afinal, para um Krumsk nada é mais importante, pelo menos na teoria, que a sua família.
Este clã bruxo tem como base a honra, crenças e tradições de gerações, cujos registros milenares revelam a descendência vinda da primeira dinastia russa e, assim sendo, ligados à formação das pessoas do país como um todo. Dada esta dita importância, não por acaso o clã preza a pureza, a soberania e, tendo a magia a seu favor, não são raros os que acreditam que carregam a força do mundo em si.
Dito isso, para favorecer ainda mais este cenário animador, tendo uma verdade tão certa e clara como a que o clã carrega, quais são as chances de alguém pensar duas vezes? Exatamente. Ou muito baixas ou inexistentes. Assim sendo, não por acaso, em sua grande maioria, os membros deste clã são impulsivos. Se há algo que precisa ser feito, um Krumsk fará. Se há algo que precisa ser dito, um Krumsk dirá. Doa a quem doer, haja qual consequência houver.
Com este pano de fundo, não é difícil imaginar a maravilha de criança que é Zernebog Olegovich Krumskyh.
Filho de Oleg e Agafya, um dos casais mais vocais e ativos do clã, é considerado e tratado como O garoto de ouro. Atlético e carismático, se sobressai junto às outras crianças que o veem como um resplandecente líder. Mostra-se por vezes temperamental, teimoso, entre outras coisas, mas, claro, tudo é visto como ações de um garoto que, como um bom Krumsk, sabe exatamente o que quer e age para tanto.
Aliás, falando em querer, no momento, tudo o que ele quer é ir para a escola de magia que lhe cabe, onde poderá demonstrar o quão incrível são os Krumsk, especialmente frente ao odiável clã pertencente a outra metade da ilha, os Ellingboe. Porque devido aos limites geográficos impostos por gerações – e que sendo uma regra familiar, a contragosto Zeg segue –, os encontros são bastante raros. Todavia, uma vez no Instituto Durmstrang, para onde todos os moradores da Ilha que completam onze anos são enviados, isso inexistiria.
Zeg, deste modo, mal pode esperar para, enfim, ter a oportunidade de encontrar as crianças do clã inimigo e coloca-las em seus devidos lugares. Assim como quem quer que cruze seu caminho.