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Animal de Estimação:
Cerbero, um poodle.
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Total de Itens no Inventário:
1 diferentes itens
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Dados do Jogador:
Hava Naguila
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Abaixo você confere alguns links para tutoriais e textos importantes que vão te ajudar a entender melhor o funcionamento do nosso jogo!
Em caso de dúvidas procure alguém da Staff ou algum jogador mais antigo para lhe auxiliar.
- PAN! Não era difícil ouvir essa mesma palavra, repetidamente, ao longo do dia. Era quase como um mantra, toda vez que o silêncio parecia tentar reinar, assim como a paz. Nos dias de chuva, então, o nome era tão constante quanto o tamborilar das gotas contra as janelas da edificação. O garotinho, no entanto, não tinha culpa de seu nome soar como mel nos lábios de quem o pronunciasse de modo a causar aquela espécie de vício e vontade de repeti-lo de novo, e de novo, e de novo... e mais uma vez e constantemente, para todo um sempre. Também não era difícil ouvir àquela canção que lhe chamava a atenção vinda da voz de outros cantores. Irmãos, primos, tios, avós. Era engraçado como alguém sempre chamava Pan em algum momento ou outro. Fosse para ele sair da chuva, colocar roupa, largar o pombo, devolver à torta que esfriava no parapeito da janela ou descer da arvore com cuidado pra não quebrar o pescoço. As pessoas daquela família simplesmente pareciam não se cansar de gastar o nome dele, e logo o dele que detestava dar ouvidos aos outros. Ele, com seus cabelos encaracolados e olhos espertos, no final das contas, realmente não tinha culpa alguma de carregar nos ombros – e na mente – aquela vontade intrínseca de simplesmente ser livre, tão inteiramente livre quanto as aves que exploravam os céus ou os gatos que decidem, sem se importar com ninguém, onde vão esticar seu corpinho peludo para dormir suas pouquíssimas dezoito horas por dia. Aquela era a essência de Pan, tanto do garoto quanto do velho Fauno à quem seu batismo fora oferecido. Ser um com a natureza, fazia tão parte de si quanto a necessidade de respirar. Talvez por isso levasse tanto desespero à Augea e seu consorte. Não era a toa que muitas vezes o casal se pegava perguntando se o tinham nomeado realmente Pan ou se alguém – naquele momento tão importante de apresentar o nome a criança – estivesse, na realidade, pensando no diabrete verde que vivia junto de Agonia no longa-metragem animado da Disney. Afinal de contas, era inegável que ‘Pânico’ existia, assim como era impossível de dizer que a vida junto a esse garoto, em especial, era fácil. Apesar de tudo isso, era óbvio que Pan era amado e mais óbvio ainda que ele os amava também. Daquele jeitinho especial que era todo dele, com ar felino de quem não está nem ai. Com aqueles olhos, de um castanho tão profundo que era possível se perder atrás dos milênios de florestas que pareciam habitar, não apenas aos orbes, quanto a cabeleira farta, sempre adornada de qualquer folha que por ventura encontrasse repouso coroando o garotinho. Em suma, não havia mais nada a dizer sobre o garoto, ou mesmo sobre a liberdade que rondava sua mente. Pan era ele, ele era Pan. E Pantalaimon era livre, e aquele que tudo perdoa e a tudo tem compaixão.
[Testrálios] - Viu a Morte?: Não. [Tattoo] - Marcas corporais: Ralados nos joelhos, no queixo, nos cotovelos... Criança atentada.
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