- Mirelle Dupont
- 1° Ano Mélusine
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NOME COMPLETO Mirelle Aydee Dupont
RAÇA Humana
CLASSE Mágica
ALTURA 1,62m
PESO 60kg
OLHOS Cor de Mel Claro
CABELOS Loiro Claro
SEXO Feminino
ORIENTAÇÃO SEXUAL Heterossexual
IDADE 10 anos
DATA DE NASCIMENTO 30/05/1999
SIGNO Gêmeos
NOME DO PAI Oscar Quinn
NOME DA MÃE Charlote Dupont
ORIGEM SANGUÍNEA Mestiço
LOCALIDADE Beauxbatons
CIDADE/PAÍS Toulouse/Franca
NÍVEL 1°
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Animal de Estimação:
Este personagem não possui um animal de estimação!
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Feitiços Aprendidos por este Personagem:
Um total de 9 magias...
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Total de Itens no Inventário:
1 diferentes itens
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Dados do Jogador:
Natália Corrêa
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Abaixo você confere alguns links para tutoriais e textos importantes que vão te ajudar a entender melhor o funcionamento do nosso jogo!
Em caso de dúvidas procure alguém da Staff ou algum jogador mais antigo para lhe auxiliar.
Bom, o que posso dizer? Esse tipo de coisa não costuma acontecer comigo. Já assisti a filmes sobre isso, já li livros sobre isso, mas minha vida sempre foi tão... Normal. Eu não era a garota que, de repente, descobre que toda a sua vida é uma mentira. Sem drama, mas é apenas a verdade. Era nisso que eu estava pensando enquanto estava ali, sentada à beira do Canal Du Mindi com as lágrimas escorrendo pelas minhas bochechas. Pensei em tudo o que sempre pareceu tão normal pra mim. Minha escola, a tradicionalíssima escola apenas para garotas onde estudei desde pequena; Minhas amigas, aquelas que estudaram comigo desde a infância; Minha casa, em um pequeno edifício de três andares à beira do rio Garona; Meu vizinho e melhor amigo desde as fraldas, Edmond Favorino, que sempre foi o único a me entender completamente; Os domingos saindo com meus pais para a feira livre na cidade; Então eu paro, e solto uma risada nasalada em ironia. Meus pais, ou aqueles que se diziam assim. Eu tentava me fazer entender por que minha mãe faria algo assim comigo. Não apenas comigo, com meu pai também. Ele talvez fosse tão vítima de tudo isso quanto eu. Mas eu não poderia saber com certeza, eu ainda não era capaz de entender muito bem o que estava acontecendo. - Mirelle! – Eu ouvi a distante voz de Ed enquanto ele se aproximava correndo – Mirelle Aydee Dupont, você poderia me explicar o que está acontecendo?! Eu o encarei, fungando e séria, pensando no que poderia dizer a ele que não me prejudicasse demais. Talvez aquilo que mais estava me afligindo, o que havia sido o motivo da minha fuga em primeiro lugar. - Eu fugi de casa – disse. - Bom, isso eu notei. – ele disse, em seu usual tom de ironia – Mas por quê?! - Meu pai não é meu pai, Ed! – Eu disse, encarando o rio logo abaixo de nós. - O que está dizendo? - René Dupont não é meu pai biológico. - Ah, meu Deus. – Ele sussurrou, sentando-se ao meu lado – Eu sinto muito. - Não posso acreditar que eles nunca me contaram. – eu disse, fechando os olhos, enquanto Ed passava seu braço pelos meus ombros, me abraçando. - Bom, eles não queriam que te ver desse jeito – ele disse – desse jeito que você está agora. - Isso não é desculpa. – eu disse – Se eles tivessem me contado desde sempre, eu iria crescer acostumada a isso. Agora tudo o que eu sei é que o mundo que eu conheço é uma mentira completa. - Ah, Mirelle! Não é bem assim. René ainda é seu pai, foi ele que te criou, não foi? Então é ele que merece seu amor. Vocês só não têm laços sanguíneos, mas isso não significa nada hoje em dia... - Não era exatamente disso que eu estava falando. – murmurei, pensando na segunda parte da conversa que eu havia tido com meus pais hoje cedo, a parte mais louca da conversa. - Não? Então do que você está falando? - Do meu verdadeiro pai. – eu disse – Eles querem que eu o conheça... – E que eu seja uma aberração, era o que eu deveria ter dito. - Ele é assim tão ruim? – Ele perguntou. - Depende do seu ponto de vista – afirmei. Se você sabe o que ele realmente é, pensei, então ele apenas vai parecer um mostro pra você. Pois era esse o verdadeiro problema. Não o simples fato de que René Dupont, aquele que eu chamei de ‘pai’ a vida inteira, na verdade não tinha qualquer laço genético comigo. O problema era que outra pessoa tinha. E, se eu tinha laços genéticos de outra pessoa, isso explicava muita coisa. Explicava, por exemplo, por que eu fiz o nosso gato levitar quanto tinha seis anos de idade. Explicava por que a nossa televisão quebrou quando eu gritei aos nove anos de idade. Explicava por que eu voei em uma vassoura ao brincar de bruxa no ano passado. Não que isso importe, mas naquele dia eu caí e quebrei o nariz. Esse era o problema. Não o nariz, mas a parte da brincadeira de bruxa. Pois era isso que meus pais haviam me contado naquela manhã de Agosto do ano em que completei onze anos de idade. Me contaram que René Dupont não era meu pai biológico. Me contaram que meu pai biológico era um inglês chamado Oscar Quinn. Me contaram que Oscar Quinn era um bruxo. Sim, um bruxo. Me contaram sobre todo esse mundo da magia que estava por todo lado, escondido, imperceptível. E me contaram que Oscar Quinn queria me conhecer, e que ele queria que eu fosse estudar na Academia de Magia de Beauxbatons. É isso, eles passam onze anos escondendo de mim o que eu realmente sou, uma bruxa, e agora, em um dia, eles me contam tudo e esperam que eu fique bem e aceite ir para um lugar cheio de lunáticos que pensam que podem voar em vassouras e usar chapéus pontudos. Apoiei meu rosto no ombro de Ed enquanto tentava me convencer de aquilo tudo era apenas um sonho estranho, e que logo eu iria acordar na minha cama e iria dizer ‘bom dia’ para os meus pais, então eu iria sair para andar de bicicleta pela cidade com o Edmond e nós iríamos nadar no verão e fingir que éramos dois piratas no meio do pacífico, como sempre fizemos. - Por que minha vida precisa ser tão complicada? – suspirei. - Ei, - ele disse – não pode ser assim tão ruim. Quem é esse seu pai verdadeiro, eim? - O nome dele é Oscar Quinn – eu disse – Ele é inglês. - Tem razão. – ele brincou – É bem ruim! – Eu ri. - Como você consegue me fazer rir das coisas mais sérias? – perguntei, ainda com um sorriso no rosto. - Você é muito séria, Dupont. – ele disse – Acho que agora sabemos por que, é que você é metade britânica! - Pois é – comentei – Acha que isso pode ter alguma coisa a ver com o fato de eu ser tão distraída, curiosa, e racional? - Não. – ele disse – Acho que isso é distúrbio de personalidade mesmo. - Seu bobo! – rimos, quando eu o bati levemente - Você é minha melhor amiga, Mirelle. Você é a pessoa mais bondosa e compreensiva que eu conheço e eu adoro você. Só quero que saiba que isso não vai mudar. - É o que eu espero – eu disse, sem ter certeza do que ele poderia pensar sobre ser amigo de uma bruxa. - Sabe, Ed, talvez eu precise me mudar daqui a alguns dias. - Se mudar? – ele perguntou, muito sério de repente – Pra onde? Como assim? - Meu pai, - eu disse – meu verdadeiro pai, ele era professor de um colégio interno. Os alunos costumam entrar lá aos onze anos de idade. Ele quer que eu estude lá. - Mas você não pode ir! Quando vamos nos ver? - Eu venho pra casa nos feriados – disse – talvez, eu não sei direito. Não sei se essa é uma escola normal... - Mas... - Não faça perguntas, tudo bem? Há algumas coisas que eu simplesmente não posso te contar. - Tudo bem – ele sorriu – você sempre foi meio estranha mesmo. - Vou te dar o endereço da escola, assim você pode me enviar cartas e posso continuar a ser sua psicóloga particular. – brinquei. - Cartas? E quanto à internet? - Proibida. - Que droga! - É. Bom, isso se eu realmente for. – eu disse – Ainda não tenho certeza. - Apesar de não querer que você vá – ele disse – Será que você não iria gostar de conhecer melhor o seu pai? E essa parte dele que está dentro de você? Encarei novamente o canal Du Mindi logo abaixo, a água verde correndo em alta velocidade. - Talvez você tenha razão. – eu disse – Talvez seja necessário se eu quiser saber quem eu realmente sou, e o motivo de tantas coisas estranhas acontecerem na minha vida... - Você vai tomar a decisão certa – ele disse – eu sei que vai. Enquanto pensava sobre isso, eu e meu melhor amigo encarando as águas do canal Du Mindi, pensei em tantas perguntas que eu queria que fossem respondidas. Tantas dúvidas sobre esse outro lado da minha vida, e me perguntei se eu conseguiria viver a minha vida sem essas respostas. Foi ali que tomei minha decisão, e me levantei. Respirando fundo, eu soube que provavelmente havia muito a resolver. A Academia de Magia de Beauxbatons me esperava.
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